O desenvolvimento da fala da criança passa por três estágios básicos. A lalação acontece entre três e quatro meses é caracterizada pela emissão e repetição de sons aleatórios. Já entre os sete e oito meses, no balbucio, a criança tenta repetir as primeiras sílabas intencionalmente. E a evolução do vocabulário, com a dicção das primeiras palavras completas, se desenvolve a partir do primeiro ano até cinco ou seis anos de idade.
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Para o desenvolvimento da fala da criança a imitação dos sons emitidos pelos adultos é muito importante, por isso a dificuldade de audição pode ser um dos primeiros fatores para o atraso do pequeno em dizer as primeiras palavras. Porém, quando as dificuldades são na articulação das palavras e fluidez, outros fatores podem desencadear o problema, que pode até ser psicológico. O ideal é buscar o diagnóstico de um especialista, mas você pode ter algumas pistas a seguir.
Há dificuldade na fala se a criança:
1. Escuta mal
O atraso no desenvolvimento da fala de crianças pode ser causado por problemas auditivos, decorrentes de otites frequentes, não necessariamente relacionadas à dor de ouvido. Fique atenta ao comportamento do seu filho, ao volume do som com que assiste a televisão e atende ao seu chamado.
2. Chupa dedo ou chupeta
A dificuldade para articular palavras e pronunciar alguns sons da fala pode ser decorrente da flacidez muscular causada por hábitos orais inadequados como: usar chupeta por muito tempo, ou sugar o dedo. Os hábitos podem causar um deslocamento da mandíbula, dificultando a pronúncia de algumas sílabas.

3. Gagueja
A gagueira do desenvolvimento pode ser natural e passageira em crianças com idade entre dois a cinco anos. Ela acontece quando a fala já está na fase da construção de frases e, como o vocabulário é maior, a criança quer estruturá-las melhor e acaba buscando mais as palavras. Atenção para que gagueira transitória não dure muito mais que seis meses, e se torne persistente.
4. Sofreu algum trauma
De modo geral, doenças ou problemas neurológicos decorrentes de traumatismos cranianos, acidentes ou síndromes, trazem prejuízos ou comprometimento no processo de aquisição ou desenvolvimento da linguagem. Traumas psicológicos, timidez excessiva e outros quadros de insegurança também podem influenciar na linguagem da criança, procure um especialista.