A natureza é tão sábia que criou uma proteção extra para o bebê dentro do útero materno: este revestimento gorduroso e esbranquiçado conhecido como vérnix resguarda a pele do pequeno e ainda consegue ajudá-lo a deslizar pelo canal pélvico da mãe durante o parto.
Este “sebinho” impermeabiliza a pele do bebê e serve como barreira protetora contra infecções no meio uterino. Quando nasce, o pequeno ainda está coberto por essa camada e, muitas vezes, ela é removida imediatamente após o parto.
Motivos para manter o vérnix após o nascimento
A pediatra Dra. Márcia Lika Yamamura explica que, após as 40 semanas de gestação, os bebês tendem a ter menos vérnix. Mas nem por isso recomenda que o pequeno seja “limpo” imediatamente após o nascimento.
Segundo ela, o ideal é aguardar de 6 a 8 horas depois do parto para retirar o vérnix durante o primeiro banho. A médica afirma, ainda, que esta barreira proporciona hidratação e traz propriedades regenerativas para a pele do bebê logo que ele nasce – além de oferecer proteção antibacteriana.
Nas redes sociais, existem diversos perfis e grupos de discussão de mães que defendem a manutenção do vérnix. Neste ponto de vista, esta camada não deve ser removida, mas sim, desaparecer sozinha.
O que se sabe é que existem recomendações para retirar o “sebinho” imediatamente após o nascimento, como no caso de conhecimento prévio de infecções no bebê, como HIV por exemplo.
O sebinho desaparece sozinho?
Sim, o vérnix tende a desaparecer em 24 horas após o nascimento. É por isso que algumas mães insistem para que o primeiro banho só seja dado quando essa camada de proteção do bebê sumir naturalmente.
No entanto, os pais devem ficar atentos: deixar o bebê com essa barreira durante muito tempo pode fazer mal, já que o vérnix tem alto teor de umidade que prejudica a pele do bebê, levando ao aparecimento de lesões e infecções.