O organismo da mulher passa por uma série de alterações durante a gravidez. Uma delas é o aumento do colesterol que, segundo a endocrinologista Sueli Freitas Marino, da Criogênesis, o quadro é comum e acontece principalmente a partir da 16ª semana, quando o feto já está formado. O aumento segue até a 30ª semana, quando chega a ficar até 60% mais alto do que antes da gravidez. Para garantir a saúde da mãe e do bebê, alguns cuidados são necessários.
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Riscos do colesterol alto
A médica explica que o colesterol elevado na gravidez pode fazer com que haja acúmulo de fios de gordura dentro dos vasos do bebê, favorecendo o surgimento de doenças cardiovasculares na infância.
Além disso, pode prejudicar a saúde da mãe, causando hipertensão arterial e doenças como trombose. Os cuidados devem ser ainda maiores para as mulheres que já apresentavam o colesterol alto antes mesmo de engravidar. “É imprescindível que a gestante tenha um acompanhamento mensal com o obstetra, que irá orientar e conduzir os tratamentos e cuidados necessários nesta fase tão delicada”, afirma.

Como evitar e tratar
A alimentação equilibrada é a recomendação mais importante, aliada à prática de atividades físicas indicadas para gestantes. Deve-se evitar carnes, queijos, bacon, salsichas, alimentos industrializados, alimentos processados e gordurosos, e priorizar o consumo de sucos naturais, alimentos ricos em vitamina C (acerola, Kiwi, goiaba, mamão, pimentão, laranja, brócolis, morango, couve-flor), frutas, verduras, legumes e cereais integrais, além de beber muita água.
Ela ressalta ainda que o uso de remédios para reduzir o colesterol ruim são prejudiciais ao feto e não podem ser usadas durante a gestação.