Comendo sozinho > Manual de nutrologia

O manual de nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria indica que o leite materno deve ser mantido até os dois anos de idade e que, depois dos seis meses, devem ser inseridos alimentos complementares sem muita rigidez de horário – é importante respeitar a vontade da criança. “A partir dos oito ou nove meses, o bebê que recebe alimentação espessa de maneira regular tem a musculatura facial e a capacidade de mastigação bem desenvolvidas. Assim, ele poderá passar a receber a mesma comida que a família, com menos sal e condimentos”, diz a pediatra. Ela indica que alimentos devem ser bem amassados, triturados, picados, desfiados ou cortados em tamanhos pequenos para evitar que a criança engasgue. Gradualmente, passe a oferecer alimentos granulosos e limite a oferta de comidas semi-sólidas.

Vale dizer que comer sozinho é diferente de escolher o que comer. Ofereça alimentos diferentes ao longo do dia e estimule o consumo saudável. No início, o bebê pode não gostar de certos sabores, ou se sentir estimulado a comer apenas alimentos que chamam a atenção, que têm cores mais vivas. É bom insistir. É interessante perceber que lambuzar-se é tão divertido para a criança que ela pode querer ficar só brincando. Nessa hora, conta a supervisão: o bebê deve comer todos os tipos de alimentos. Se ele não comer com a própria mão, ofereça você com a sua. Como diz a Dra. Roseli, é uma fase de “autonomia simulada”.

Também podem sobressair gostos familiares, como afirma o manual da Sociedade Brasileira de Pediatria: “Nessa fase inicial, seguramente, vão se manifestar as predisposições genéticas como a preferência pelo sabor doce, a rejeição aos sabores azedos e amargos e ou certa indiferença pelo sabor salgado”. E o tempo de adaptação dependerá de como será conduzida a mudança do regime de aleitamento materno exclusivo para essa multiplicidade de opções, podendo então ser a curto, médio ou longo prazo.

Veja aqui o Manual de Nutrologia da Sociedade Brasileira de Pediatria