Ensinar as crianças a lidar com dinheiro deve começar cedo. A partir dos três anos, quando os pequenos começam a demonstrar vontades próprias e desejos de consumo, já é o momento de inseri-los no universo financeiro. Quanto antes esse processo começar, mais conscientes eles serão.

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Durante as férias, os pais têm mais tempo livre para passar com as crianças e esse é um bom momento para ter esse tipo de conversa. A mesada efetivamente deve ser pensada por volta dos seis anos, idade em que as crianças já estão mais familiarizadas com dinheiro. Sem que a criança perceba, anote todo o dinheiro que ela gasta com pequenas coisas, como o lanche escolar, passeios e compra de jogos.

“Com esse número em mãos, chegou a hora de chamar a criança para uma conversa franca. Diga a ela que, por já estar crescendo, chegou o momento de ele mesmo controlar seu próprio dinheiro e que começará a dar uma mesada”, indica o educador financeiro Reinaldo Domingos.

Mesada não é recompensa por estudo

O especialista faz um alerta: não é interessante associar esse dinheiro ao desempenho escolar, pois o estudo deve ser incentivado pela sua própria importância. “Uma criança que só estuda para garantir a mesada no fim do mês poderá ter um rendimento muito baixo e, se, por algum motivo, a família deixar de ter condições de oferecer, isso afetará o desenvolvimento intelectual”, esclarece.

A falta de dinheiro decorrente da má administração da mesada não deve ser completada com frequência, caso contrário ela perde o seu sentido. “Se os pais cedem aos pedidos, não ensinarão a controlar os impulsos, criando a ilusão de que pode gastar sem limites. A consequência disso será na fase adulta”, diz.

Também é fundamental mostrar aos filhos a importância de priorizar os desejos de longo prazo em vez de gastar todo o dinheiro com consumos momentâneos. Os pais devem incentivar os pequenos a guardar dinheiro para comprar algo importante para eles no decorrer de algumas meses, como um vídeo game, uma bicicleta ou uma boneca.