Talvez o mais popular tratamento para fertilidade, a fertilização in vitro (FIV) é uma técnica de reprodução assistida também conhecida como bebê de proveta. Esse procedimento tem eficácia comprovada e pode ajudar casais que não conseguem engravidar com outros métodos, como coito programado ou inseminação artificial.
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Como funciona
Para que seja realizada a FIV, o médico deve coletar o óvulo da paciente, que será fertilizado artificialmente em laboratório com os espermatozoides do futuro pai. A partir desse processo, o óvulo começa a se dividir e torna-se um embrião, que é implantado no útero da mãe. Normalmente, são inseridos vários embriões para aumentar as chances de sucesso do tratamento.
Vários embriões são inseridos no útero da mulher para aumentar as chances de sucesso (Thinkstock)
Passo a passo
O processo envolve consultas, ultrassonografias, exames de sangue para acompanhamento dos níveis hormonais, medicação para estimular a ovulação e também para ocorrer a gravidez.
“A fertilização in vitro envolve o uso de hormônios para ovulação ou fertilidade. Esses hormônios devem ser tomados por 14 dias com o objetivo de estimular o ovário da mulher a produzir vários óvulos por ciclo menstrual”, explica o ginecologista Dr. Joji Ueno.
Após a retirada dos óvulos do ovário, eles são fecundados pelos espermatozoides em um pequeno recipiente de vidro (de nome proveta) em um ambiente controlado, sendo assim considerada uma técnica de reprodução assistida. Logo após a fecundação, é feita a transferência dos embriões para o útero.
Indicações
Segundo o especialista, a técnica é indicada para casos de lesão das tubas, como sequela de infecção tubária ( doença inflamatória pélvica), ou gravidez nas trompas, endometriose, infertilidade masculina e laqueadura sem reversão.
Riscos
Entre os maiores riscos da fertilização in vitro está a síndrome da hiperestimulação do ovário. “Durante o estágio de estimulação ovariana, as mulheres podem produzir excesso de hormônio, causando a síndrome da hiperestimulação do ovário (SHO), que causa inchaço e dor”, conta o Dr. Ueno. “A ocorrência desta síndrome varia de acordo com o tratamento realizado, variando de 2,5% em induções simples de ovulação até 23% em casos de fertilização in vitro. Normalmente, essa síndrome se cura sozinha na ausência de uma gravidez ou, em casos raros, pode agravar-se, obrigando a internação da paciente para o tratamento clínico”, finaliza.