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Em uma declaração de amor à família, a atriz Deborah Secco usou o Instagram para compartilhar uma foto em que aparece dando um “ selinho triplo” no marido, o ator Hugo Moura, e em Maria Flor, filha do casal.
Embora a maior parte dos comentários na postagem seja positiva, a imagem criou polêmica quando alguns internautas começaram a criticar a atitude dos pais de beijar a filha na boca.
Selinho de Deborah Secco e Hugo Moura na filha
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“Beijo triplo, esse é o nome que minha filha fala” e “misericórdia, essa fotografia está plenamente transmitindo todo o amor de uma família LINDA” foram alguns dos comentários de internautas que aprovaram a atitude da atriz.
Outros, porém, demonstraram aversão à imagem e alguns levantaram a questão da saúde. “Realmente é um fotão lindo que retrata um momento mágico, mas também não sou a favor dos pais beijarem os filhos na boca, até mesmo por questões de higiene”, comenta outra usuária da rede social.
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Dar selinho nos filhos é um hábito relativamente comum para pessoas de diversos países, e, segundo especialistas, o beijo é, sim, algo benéfico para os pequenos. Ainda assim, eles avisam que a segurança do ato depende da idade da criança, do contexto em que o beijo acontece, da forma que ele é dado e do estado de saúde de todos.
Beijar é positivo, mas requer cuidados e limites
Conforme explica Fernanda de Camargo Vianna, psicóloga do Hospital e Maternidade São Luiz, o ato de beijar é, assim como outras demonstrações de afeto, essencial para o desenvolvimento emocional da criança. “São investimentos afetivos importantíssimos para que o bebê se sinta cuidado e desejado”, comenta.
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A pediatra Juliana Rosis, do Hospital e Maternidade Santa Joana, concorda, e adiciona que, quando o bebê ainda é bem pequeno, quase não compreende a linguagem falada e mal enxerga, então entende o amor como gestos físicos que incluem beijos, toques e a amamentação.
Beijar criança na boca
Quando o assunto é o tal selinho, porém, é preciso ter mais cuidado. De acordo com a psicopedagoga Rosângela Hasegawa, sem limites bem estabelecidos e contextos adequados, o gesto pode, assim como o ato de tomar banho com os filhos, estimular a erotização precoce.
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A especialista explica que, dependendo de como for o decorrer dessas situações, a criança pode entender que é normal beijar outras pessoas além dos pais na boca – o que pode ser mal interpretado.
É importante, portanto, que os pais deixem claro que as demonstrações de carinho entre eles são diferentes das que eles têm com os filhos, e que elas só são permitidas com determinadas pessoas.
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Além disso, a criança também precisa entender que, quando ela não quiser receber beijos, abraços e outros tipos de contato físico com alguém, não deve ser forçada.
É anti-higiênico?
Dar um selinho nos filhos não vai necessariamente fazer com que eles fiquem doentes, mas a pediatra indica que é altamente recomendado considerar o estado de saúde da criança e dos pais antes de tomar essa iniciativa.
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Se a criança estiver com a imunidade baixa, por exemplo, o beijo na boca pode funcionar como veículo para bactérias e vírus. Isso vale especialmente para bebês de até cinco meses, que têm o sistema imunológico bastante vulnerável
A dica dela é manter os beijos na pele íntegra (ou seja, evitar mucosas como a boca), evitar beijar lesões e tomar cuidado para não colocar a criança em contato com produtos que podem causar alergia, como batons, perfumes e hidratantes.
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