Futuras mamães

Elas esperaram muito por esse momento. Aguardaram ansiosamente pelos nove meses de gestação para que trouxessem ao mundo um pequeno e frágil ser. Apesar de toda força, amor e dedicação, na reta final, muitas vezes, as futuras mamães ainda têm medo do que virá pela frente. A violência, a desigualdade social, o mercado profissional e os valores invertidos da sociedade são alguns dos obstáculos que as preocupam. Afinal, como educar uma criança, formar um cidadão responsável em meio a tantas dificuldades? Em paralelo a esses questionamentos, elas também se permitem sonhar…

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A médica Faride Tanos, de 29 anos, e grávida de cinco meses de João Elias, convive com a dualidade de sentimentos na gravidez. “Saber orientar um filho é algo bem difícil. Ao mesmo tempo em que imagino a alegria de estar prestes a tê-lo, aumenta também a ansiedade e a preocupação com a criação e o futuro dele”. E para garantir um crescimento tranqüilo para João, ela jura muito empenho e dedicação. “Toda mãe quer que seu bebê seja feliz e eu vou me desdobrar em cuidados e atenções. Vou tentar ser amiga e companheira em todos os momentos de sua vida e não vou medir esforços para dar a ele segurança, carinho e muito amor”, prometo

Ao mesmo tempo que a quero imensamente, tenho uma grande preocupação com a saúde da minha filhinha. Desde cedo, fiz hidroginástica e controlo minha saúde. Cuidei do meu peso, fiquei de olho na quantidade e na qualidade de minha alimentação e evitei comidas gordurosas

Desafios e sonhos para o futuro Quando o assunto é o futuro imediato de seus bebês, quase todas as mães são unânimes em seus medos. Elas querem dar à luz a crianças perfeitas e saudáveis. “O que mais me preocupava, durante a gestação, era o nascimento. Ver a carinha do meu filho e ter a certeza de que estava tudo bem”, revelou a administradora de empresas Mônica Araújo Santos, que embala o pequeno Rafael, de apenas um mês. Essa é a mesma preocupação da fisioterapeuta Junara Mendonça, que está com 33 semanas de gestação e ansiosa pela chegada de Júlia. Ela optou pelo parto normal e sabe que complicações podem surgir no nascimento. Para garantir que tudo transcorra bem, Junara tomou as devidas precauções. “Ao mesmo tempo que a quero imensamente, tenho uma grande preocupação com a saúde da minha filhinha. Desde cedo, fiz hidroginástica e controlo minha saúde. Cuidei do meu peso, fiquei de olho na quantidade e na qualidade de minha alimentação e evitei comidas gordurosas”, conta. Mas, passadas as primeiras ansiedades, elas vislumbram perfis de como seus bebês serão quando nascerem. “Eu sempre sonho com o rostinho dela. Quando estava com 21 semanas, fiz o ultrassom morfológico em 3D e, apesar de não ter dado muito para ver, já que ela não parava de mexer, conseguimos notar uma característica: os braços longos. Iguais ao do pai. Imagino-a de cabelo pretinho, liso, e bem branquinha, com narizinho pequeno e boca carnudinha. Ela vai ser linda! E pelo jeito que é agitada na minha barriga, mexendo a todo momento, vai ser faladeira e bem serelepe. Acredita que na ultra ela estava com o pé na cabeça e segurando com a mãozinha?”, ri a gerente de departamento pessoal Marieli Cristina Custódio, de 22 anos, grávida de seis meses de Manuella. E a nova mamãe aposta: “No futuro, Manuella vai ser contorcionista ou bailarina”. De tanto prever, a jornalista Nádia Santana acertou o destino. “Sou negra com descendência indígena e meu marido é japonês com parentes portugueses. Queria que o Bruno fosse um ‘japonês pretinho'”, ri. E não é que a torcida deu certo? Apesar de não ter nascido tão moreno, Bruno tem a boquinha e os olhos que a mãe queria. Bem pequenos. E o rostinho redondinho. “Bruno só tem uma coisa que não puxou aos pais – sempre acorda de bom-humor”, brinca.