São muitas as preocupações com o futuro do bebê. E em meio a tantas dúvidas, mães mais exigentes ficam incertas sobre suas próprias atuações. Betina Maria de Souza é mamãe de primeira viagem. Grávida de cinco meses, de Jasminy, ela tem medo de não cumprir bem sua tarefa quando a neném nascer. “Fico pensando se tudo vai dar certo no futuro, se serei uma boa mãe. Sei que precisarei ensinar e ter paciência. Como sou um pouco impaciente e ao mesmo tempo tenho medo de tomar medidas mais enérgicas, tenho receio de não saber educar direito. Ser mãe é uma grande missão. É uma vida que foi confiada a nós. Espero me sair bem em meu trabalho e para isso, darei o melhor de mim”, promete. E a professora Regina Célis completa: “Por ser mãe pela primeira vez, minha grande dificuldade será decifrar o manualzinho de instruções da minha filha, a ponto de saber o que ela diz em cada choro e cada carinha”, aponta ela, prestes a dar à luz a Anna Sophia.
Ser mãe é o maior dom que podemos receber. Não há tarefa mais sublime, nem mais recompensadora. Com ela, aprendemos mais sobre o amor incondicional e passamos até mesmo a compreender melhor nossas mães
Para não errar no caminho, os investimentos em um futuro próspero para os pequenos começa desde cedo. Marieli Custódio já fala na criação de uma poupança para a filha e Mônica Araújo deu os primeiros passos para garantir a educação e saúde de seu pimpolho. “A educação do Rafael é minha maior preocupação. Como não acredito muito no ensino público de minha cidade, procurei colégios particulares e já estou me preparando financeiramente para arcar com as mensalidades. A única coisa que poderei deixar para meu filho é a educação”. E os sacrifícios são muitos. “Quero dar o melhor a ele. Por isso, optei em ter apenas um filho”, diz.
Tudo isso, porque elas desejam proteger seus filhos de muitas incertezas. No entanto, outras não são tão fáceis de serem evitadas. O convívio em sociedade é a preocupação de muitas mães, como Regina Célis. “A indiferença que existe hoje entre as pessoas, tão voltadas para o ‘ter’ e não para o ‘ser’, é muito grande. Eu espero que se resgatem valores antigos de convivência com o outro, para que minha filha possa sonhar e realizar seus desejos”, desabafa. E confessa que gostaria de fazer algumas alterações no mundo. “Se eu pudesse, mudaria a visão egoísta e individualista da maioria para dar um mundo melhor e mais justo para ela”, revela.
A fisioterapeuta Junara Mendonça também acredita que, no futuro, Júlia enfrentará muitas dificuldades na sociedade. “Minha filha possivelmente encontrará obstáculos na área social. Se atualmente já está difícil ter bons relacionamentos com as pessoas, imagine quando ela crescer? Não há mais confiança e tranqüilidade para formar amizades verdadeiras”, argumenta. Mas nem por isso ela desanima e garante que passará valores morais à filha. “Como a educação atual está deixando a desejar, principalmente a que é dada em casa, eu pretendo ensinar os princípios de uma vida digna”, diz.
Mãe, amor incondicional
São muitas as incertezas diante do futuro mas, o desejo de ser mãe supera todos os medos. “Ser mãe é o maior dom que podemos receber. Não há tarefa mais sublime, nem mais recompensadora. Com ela, aprendemos mais sobre o amor incondicional e passamos até mesmo a compreender melhor nossas mães”, revela Regina Célis. E os benefícios são imensos. “Ser mãe é padecer no paraíso, ter dificuldades e mesmo assim conseguir ter prazer só de olhar a carinha dela. Acho que com minha filha aprenderei a ser um ser humano melhor a cada dia”, diz Mônica.
O sonho de todas as mães entrevistadas é que seus filhos nasçam com saúde, adquiram educação e força para lutarem por uma boa qualidade de vida. E elas acreditam que a presença e o comportamento dos pais é decisivo para o futuro da criança. “Antes de se tornar mãe, a mulher deve ter consciência de que um filho é muita responsabilidade para ela e para o casal. O amor e o carinho são indispensáveis, mas antes de engravidar, é preciso pensar se o casal tem condições financeiras, físicas e psíquicas de cuidar dele. Ter filho é fácil. Cuidar não!”, diz Junara. A assistente administrativa Márcia Takita, grávida de 35 semanas de Akemi Takita, sua primeira menininha, completa. “Nossos filhos são como um livro em branco. Vai depender de nós o conteúdo dessas páginas”, finaliza.
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