Gigantomastia gestacional: o que é e tratamentos

O crescimento dos seios é um sintoma comum e esperado em qualquer gestação. Contudo, existem mulheres que sofrem com o crescimento excessivo das mamas. Esse problema é conhecido por gigantomastia gestacional e deixa o busto inchado, com congestão venosa, podendo causar fortes dores no peito (mastalgia), dor cervical, problemas posturais e de coluna, ulceração da pele, celulite e hemorragia.

Leia também

Sintomas da diabetes gestacional

Chás para tratar azia na gravidez

Prisão de ventre na gravidez: como tratar

De acordo com a cirurgiã plástica Ana Paula Polato Guiné, essa é uma doença provocada pelos receptores da mama aos hormônios gravídicos, o que causa um rápido crescimento mamário. “O crescimento excessivo mamário compromete o esqueleto e a musculatura das costas e ombros. O seu excesso pode provocar necrose da pele com formação de úlceras, desencadeando uma grande infecção das glândulas”, explica.

Causas da gigantomastia

A gigantomastia pode ser caracterizada por um volume exagerado de mama, distância longa entre a clavícula e a borda do complexo areolar e também por meio da desproporção da glândula. “Apesar de sua causa ainda não ser totalmente esclarecida, pode estar relacionada com a estimulação anormal do tecido mamário, que pode ser desencadeada por níveis excessivos de hormônios. Também pode estar ligada a uma hipersensibilidade deste tecido em níveis hormonais normais”, destaca a cirurgiã plástica.

Sintomas da doença

O problema aparece nos primeiros meses da gestação e pode afetar qualquer mulher durante a idade reprodutiva. Entre os sintomas da gigantomastia, as gestantes sentem fortes dores nas costas e enfrentam problemas de postura, principalmente com o arqueamento das costas para frente e para os lados. Dependendo do caso, a pele pode apresentar feridas, assaduras e infecções na parte inferior das mamas.

Mulheres que sofrem com a doença costumam ter fortes dores nas costas (Créditos: Shutterstock)

Tratamento para gigantomastia gestacional

Essa complicação geralmente necessita de intervenção cirúrgica. Para corrigir, existem duas opções mais indicadas: mastectomia simples e mamoplastia redutora. Em ambos os casos, a gestante só pode ser submetida à cirurgia se o bebê estiver em perfeita condição de saúde.

Mamoplastia redutora – tem como finalidade diminuir as mamas, mantendo e até melhorando o aspecto estético. É indicada em casos menos graves. Esse é um procedimento cirúrgico seguro, com resultado eficaz e sem complicações. Além de garantir autoestima, elimina todo o sofrimento causado pelo excesso de mama. “É importante ressaltar que existe a possibilidade de a doença voltar após a mamoplastia redutora, caso a mulher engravide novamente. A presença da hipertrofia maciça das mamas pode complicar as próximas gestações”, esclarece a Dra. Ana Paula.

Mastectomia simples – Já a cirurgia de mastectomia simples “consiste na remoção de toda a glândula mamária. O cirurgião remove toda a mama, incluindo o mamilo, porém não remove linfonodos axilares e tecido muscular de baixo da mama”. Essa intervenção é essencial em casos mais graves.