Gravidez tubária

Também chamada de  gravidez ectópica, que significa “no lugar errado”, a gravidez tubária acontece quando o óvulo se fixa nas  tubas uterinas e não no útero. Conforme o feto se desenvolve surgem dores e sangramentos e a gravidez tem de ser interrompida, pois não há meios de transferir o embrião para o útero.

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O quadro costuma ser identificado entre a 4ª e a 10ª semana de gestação, mas os primeiros sintomas podem aparecer antes. O diagnóstico precoce é importante para preservar a saúde da mulher, pois a trompa pode se romper, causando hemorragia interna.

Causas

A causa mais comum da gravidez ectópica é uma  lesão na tuba uterina que bloqueia ou estreita a passagem do óvulo fertilizado, fazendo com que ele se implante na parede da tuba. Todas as mulheres estão sujeitas ao quadro, mas alguns fatores pré-existentes aumentam consideravelmente as chances. Entre eles estão:

  • Doença inflamatória pélvica
  • Endometriose tubária
  • Cirurgia abdominal, incluindo retirada do apêndice, cesariana ou operações nas trompas
  • Gravidez por fertilização in vitro (FIV)
  • Uso de DIU que libera progesterona, de minipílula ou pílula de amamentação
  • Fumante
  • Gravidez ectópica anterior

Sintomas

Os principais sintomas são:

  • Sangramento vaginal incomum, isso é, diferente da menstruação normal, mais escuro e aguado
  • Dor forte e persistente em um dos lados do abdome

Se a gravidez tubária não for diagnosticada no início e a tuba chegar a se romper, podem aparecer os seguintes sintomas:

  • Dor súbita e forte em todo o abdome
  • Transpiração, tontura, desmaio
  • Diarreia ou sangue nas fezes

Tratamento

Ao diagnosticar a gravidez tubária no início, o médico pode programar uma laparoscopia para retirar o embrião ou ainda receitar um medicamento chamado metotrexato, que interrompe a gravidez, fazendo com que a mulher elimine o material fetal em um sangramento semelhante à menstruação.

Contudo, se a tuba uterina se romper, é necessário procurar um hospital imediatamente para a realização de uma cirurgia que removerá o feto e, dependo da gravidade da situação, a tuba também.

A fertilidade é comprometida?

Se as trompas não tiverem sido danificadas, as chances de engravidar continuam iguais. Se uma das tubas tiver se rompido ou sofrido lesões extensas, a probabilidade de uma nova gravidez é menor.

Mulheres que passaram por laparoscopia normalmente têm de esperar cerca de quatro meses para tentar uma nova gestação, enquanto as que sofreram uma cirurgia abdominal, esperam seis meses para a total cicatrização.

É importante que ao primeiro sinal de uma nova gravidez a mulher procure um médico para verificar se o feto está se desenvolvendo no local correto.