Mães adotivas, embora enfrentem outras dificuldades, não passam pela bomba hormonal que é a gestação. Não é isso, no entanto, que as impede de amamentar. Atualmente, com informações, estímulo e muito empenho é possível amamentar um filho adotivo.
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Segundo Luciana Herrero, pediatra especialista internacional em amamentação, o processo é possível porque começa no cérebro. “Muitas vezes, só de a mãe estar perto do bebe e encantada com a situação, ela já começa a liberar alguns hormônios”, conta.
A especialista ainda explica que o que faz com que uma mãe adotiva possa amamentar é o estímulo. “Se conectar com o momento e massagear e estimular a glândula mamária é muito importante para atingir o objetivo”, diz.
Atualmente, o método é aprovado e recomendado pelos profissionais da área da saúde.
Como amamentar um filho adotivo
Antes de qualquer coisa é necessário ter muita vontade, disposição e emprenho. Após esta decisão, alguns passos devem ser tomados:
Procure uma equipe especializada. Pediatras, enfermeiras especialistas em amamentação e os bancos de leite são opções para obter as melhores orientações.

Após a consulta já é possível começar a massagear os seios com as mãos e estimular a glândula com as bombinhas com foco na estimulação.
Caso seja necessário, remédios e ervas chamados de galactogogos podem ser prescritos. Eles têm a função de estimular a liberação de prolactina, hormônio responsável pela produção do leite.
A idade da criança é determinante no processo. Quanto mais novos, mais chance do processo da certo. Outro fator a ser levado em consideração é o tempo de preparação. Mulheres que conseguem se preparar durante a gestação da mãe biológica podem conseguir amamentar mais rápido.
Lactação induzida para adotante
No começo, como a produção do leite aumenta aos poucos, é natural que a mãe tenha que suplementar com fórmulas. No entanto, o ideal é usar o método da relactação. Ou seja, oferecer a fórmula, mas no peito, através da sonda.