Pai transmite parto do filho ao vivo no Facebook: exposição é exagerada?

Atenção: esta matéria possui imagens reais de um parto normal e pode não agradar a todos.

Com a popularização das redes sociais, ficou comum compartilhar na internet os momentos fofos ou emocionantes do desenvolvimento dos filhos. Mas, será que há limites para a exposição? O recém-pai Fakamalo Kihe Eiki, residente da Califórnia, Estados Unidos, postou três vídeos do parto da sua mulher em sua página no Facebook. Todos eles foram gravados ao vivo, com a nova ferramenta de transmissão que a rede social disponibiliza.

Parto ao vivo no Facebook

No primeiro, Fakamalo mostra sua esposa deitada, no começo do trabalho de parto. Nele, o pai faz brincadeiras para passar o tempo e divertir a grávida.

https://www.facebook.com/PolynesianNonprofit/videos/1073704402703250/

Embora não seja possível afirmar, ao que tudo indica, a gestante foi levemente anestesiada. Isto porque, dez horas depois, na segunda transmissão ao vivo, embora as enfermeiras estejam controlando os batimentos fetais do bebê e o ritmo das contrações, a mãe não demonstra sentir dor.

https://www.facebook.com/PolynesianNonprofit/videos/1073972526009771/

A gravação que registra o nascimento tem mais de 40 minutos e mostra as parteiras instruindo a força que a mãe deve fazer, além de Fakamalo dizendo palavras de apoio, como “Empurra, empurra, empurra” e “Tem um bebê chegando”. Depois do nascimento (a partir do 37º minuto), o pai ainda mostra o momento em que mãe e bebê ficam pele a pele e a primeira tentativa de amamentação.

https://www.facebook.com/PolynesianNonprofit/videos/1073990016008022/

Para muitos, o momento compartilhado pela família é emocionante. Amigos e conhecidos comentavam os vídeos mostrando o quanto estavam felizes pelo nascimento do bebê.

Expor ou não expor momentos íntimos nas redes sociais?

Muitas mulheres acreditam que divulgar o próprio parto pode desmitificar o ato e incentivar outras grávidas a optarem pelo nascimento natural, além de possibilitar que pessoas queridas, mas que estão distantes, sintam a emoção pela qual a família passou.

Outras pessoas, no entanto, defendem que o momento é íntimo e deve ser compartilhado apenas com os mais próximos para preservar a intimidade da mãe e do bebê em um momento tão singular.

Fato é que as redes sociais permitem cada vez mais interações simultâneas e cabe a cada um refletir qual é o limite entre o compartilhamento de momentos importantes e a exposição excessiva das publicações.

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