Polêmica: em post, mãe “esculacha” próprio filho que fez bullying; concorda com atitude?

junho 30, 2016

Reagir energicamente e dar uma bronca são algumas das posturas possíveis a mães e pais que se deparam com ações de desrespeito ou rebeldia de seus filhos. Mas e quando a grosseria em questão é a prática de bullying (isto é, humilhar outras pessoas com atitudes e palavras)? Como lidar com o problema? A mãe de um menino de 12 anos, na Inglaterra, compartilhou sua postura em um post no Facebook que viralizou na web. O texto polêmico gerou muitas críticas ao fato de ela ter brigado publicamente com os filhos. A inglesa, entretanto, garante que não se arrepende de ter exposto o caso. Você concorda com essa forma de educar?

Bronca em público viralizou nas redes sociais

Em sua página do Facebook, a inglesa Terri Day Evans compartilhou um texto contando uma história sobre seu filho Jacob, de 12 anos. Com a hashtag #iwillnothaveabullyinmyhouse, que significa “eu não quero uma pessoa que faz bullying na minha casa”, ela relata que o menino pisou, de propósito, no pé de uma colega de classe.

Os sapatos da garota se quebraram, inclusive, porque eram de salto alto, segundo reportou o jornal britânico Daily Mail.

Além de expor o caso, dando uma bronca pública no filho, a mãe ainda adicionou uma atualização ao texto depois de receber diversas críticas sobre sua forma de lidar com a situação. Nela, Terri disse que conversou diretamente com o filho sobre as consequências do ato dele e reforçou a intenção de expor a criança com o post, dizendo que “desta forma, os amigos poderiam ver que as ações dele têm consequências.”

Vários comentários, segundo ela contou ao jornal, criticavam o fato de o filho estar sendo exposto e humilhado. Leia a tradução livre para português abaixo:

Tradução:

“Absolutamente enojada que meu filho de 12 anos achou por bem pisar propositadamente no pé da nova menina da escola e torceu o pé com tanta força que quebrou os novos sapatos dela (porque eram de salto alto).

Eu vou dizer uma coisa a você, Jacob, se você sequer respirar na direção dela ou de qualquer pessoa em forma de bullying, eu vou pessoalmente entregá-lo aos pais dela para que eles apliquem a você qualquer tarefa humilhante que acharem por bem, durante o tempo quiserem.

Dê adeus a seu dinheiro de aniversário, já que você vai comprar para a menina um novo par de sapatos e flores!

Atualização: para responder algumas questões, sim, meu filho pode ver isso, ele foi marcado nesta publicação, antes de ela ter se tornado viral (o que eu não imaginei que aconteceria), para que os amigos dele pudessem ver que as ações dele têm consequências. Ele não é “grande”, “inteligente”, “durão” ou “engraçado”, ele é um garoto de 12 anos que responde à sua mãe.

Eu não dou muita importância a quem não concorda com meu jeito de ser mãe, meu filho humilhou e constrangeu uma garota. Independentemente do seu motivo (que ele afirma não ter sido quebrar o sapato, e sim apenas que ela pisasse em falso ou tropeçasse), aquela pequena garotinha ainda assim chorou. Até onde sabemos, ela poderia ter saído da escola antiga por ter sofrido bullying… imagine, então, quão pior a ação ridícula do meu filho poderia tê-la feito se sentir.

Portanto, o que descreveram como “eu o envergonhando online” é, francamente, nada em comparação à humilhação que aquela garotinha teve de encarar, andando por aí com um sapato quebrado e olhos vermelhos de chorar, sendo nova na escola.

PS.: com certeza, eu sentei e falei com ele sobre o comportamento que ele teve, eu não o marquei somente no Facebook para ele ler. E estou totalmente convencida de que foi uma ocorrência isolada que não se repetirá.”

Forma de educar: colocar-se no lugar dos outros

Ao Daily Mail, a mãe contou que não se arrepende de ter divulgado a situação e que tinha colocado o post para mostrar aos amigos de seu filho a gravidade do que tinha feito.

Afirmou, entretanto, que se sentiu mal pelo depoimento ter se tornado um viral e que educa seu filho seguindo a tese “não faça para os outros o que não gostaria que fizessem para você”. “Eu ensino como se fosse um espelho”, disse ao jornal.