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A prática de exercícios durante a gravidez pode ser muito benéfica tanto para a mãe quanto para o bebê, principalmente no caso de mães que já eram ativas antes de engravidarem.
Acostumada com a rotina de treinos intensa, Ivete Sangalo foi uma dessas gestantes que decidiu não abrir mão da malhação enquanto está à espera de suas filhas gêmeas.
Desde que anunciou sua segunda gravidez, a cantora continuou compartilhando nas redes sociais alguns vídeos e fotos das séries de exercícios que vem fazendo mesmo com o barrigão cada vez maior.
Treino de Ivete na gravidez
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Em entrevista ao VIX, o personal trainer Joca Gonzalez, que acompanha Ivete há quatro anos, contou que o treino atual de sua aluna está focado em manter a força para que, depois da gestação, ela consiga retomar a sua rotina de atividades sem problemas. A única diferença é que os exercícios foram adaptados para não prejudicar os bebês.
Durante uma conversa com a apresentadora Ana Maria Braga no programa “Mais Você”, da TV Globo, a cantora comentou as mudanças nas atividades físicas e revelou que tem duas restrições bem específicas: não faz nada deitada de barriga para cima e não fica em nenhuma posição sentada no ângulo de 90 graus.
Restrições de exercícios físicos para grávidas
Barriga para cima
De acordo com Rosecleide M. C. Lipolis, fisioterapeuta da clínica Doktor’s, especialista em fisioterapia pélvica e obstetrícia, esses cuidados de posicionamento relatados por Ivete Sangalo são importantes para todas as gestantes que se exercitam, com frequência ou não.
“As restrições de posicionamento são mais frequentes a partir do segundo trimestre, especialmente aquelas que são feitas com a barriga para cima, por conta do peso do bebê, que pode comprimir a veia cava da mãe (que faz o retorno sanguíneo do corpo para o coração) e gerar algum problema de circulação mais sério na mulher e, consequentemente, prejudicar a oxigenação e nutrição do próprio bebê”, explica.
A especialista acrescenta que, no final do terceiro trimestre, se a mulher optar por fazer algum exercício com a barriga para cima, o mesmo não deve passar de 5 minutos e deve ser realizado, de preferência, com uma cunha de posicionamento, para que o corpo da mulher fique mais elevado e inclinado.
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Sentada em 90 graus
Com relação à limitação do ângulo do exercício, Rosecleide afirma que as gestantes devem evitar a inclinação em 90 graus para evitar uma grande pressão intra-abdominal, que pode aumentar a sobrecarga no assoalho pélvico da mulher – que já vai ser prejudicado posteriormente pelo peso do bebê.
“Exercícios que envolvam muito a região abdominal podem causar um aumento da pressão intra-abdominal e isso traz um risco de diástase abdominal (separação dos músculos da região), que pode empurrar ainda mais o assoalho pélvico, que já vai estar um pouco enfraquecido devido às alterações hormonais”, esclarece.
A fisioterapeuta acrescenta que, no caso de uma gravidez gemelar, como a de Ivete, é indicado que a gestante pegue um pouco mais leve nas atividades físicas a partir da 30ª semana e evite exercícios muito vigorosos, porque a sobrecarga no assoalho pélvico pode ser ainda maior.
Os músculos da região conhecida como assoalho pélvico são fundamentais para sustentar a bexiga, o útero e o intestino, além de controlar os músculos responsáveis por “movimentar” o ânus, a vagina e a uretra.
Com o enfraquecimento da área durante a gestação, a mulher pode vir a ter incontinência urinária, prolapso (também chamado de “bexiga caída”), entre outras coisas. Por isso, é importante que a mulher fortaleça a musculatura dessa região com exercícios específicos e tome os devidos cuidados para evitar o enfraquecimento.
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Práticas perigosas e de grande impacto
Além das duas restrições indicadas por Ivete, a fisioterapeuta também orienta outras precauções que a gestante deve ter na hora de se exercitar. Segundo ela, posições invertidas, como são feitas no pilates e na yoga, também são contraindicadas, pois a gestante pode cair e se machucar.
“Durante a gravidez, a mulher vai passar por muitas adaptações fisiológicas e uma delas é a frouxidão ligamentar, que é causada pela relaxina (hormônio produzido durante a gravidez que ajuda a liberar os ligamentos e facilita a saída do bebê no parto). Por conta disso, o corpo da gestante fica mais suscetível a sofrer torções, especialmente em exercícios de membros superiores que usam o apoio dos punhos, por exemplo”.
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Rosecleide explica que não existe um consenso sobre exercícios que são totalmente proibidos durante a gestação, mas os especialistas recomendam que a mulher evite práticas como lutas, que podem vir a causar algum dano na barriga, ou exercícios de grande impacto, como corrida e halterofilismo.
No mais, a fisioterapeuta ressalta que os exercícios físicos precisam ser sempre muito bem acompanhados e orientados por profissionais e só devem ser praticados com liberação médica. “Na hora de fazer exercícios físicos na gravidez, o que mais se pede é que a mulher tenha bom senso. Porque, nessa etapa, não é o momento de cometer exageros, mas de se manter saudável”, reforça.
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