Engana-se quem pensa que fazer terapia é “coisa de adulto”. Apesar de muitos considerarem o acompanhamento psicológico algo totalmente supérfluo, as crianças, assim como os adultos, podem precisar de ajuda especializada para superar determinadas situações.
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Segundo o psicólogo Erick Rôso Huber, profissional do Consulte Aqui, é importante que os pais estejam atentos a alguns sinais que podem indicar que algo não vai bem. Por exemplo, ansiedade é um quadro normal, desde que não afete outras funções. “Não é normal que a ansiedade as faça ter problemas orgânicos como soltar o intestino, suar frio ou ter desmaios, ou que a impeça de fazer coisas triviais como ir à escola, visitar a casa de parentes ou realizar tarefas”, esclarece.
Terapia infantil
O apoio familiar pode ser suficiente em alguns casos, mas sessões de terapia com um profissional especializado ajudam a descobrir as causas de um comportamento diferente. “Pode ser que a criança esteja vivendo situações com as quais não saiba lidar e, por isso, não consiga compartilhar com seus pais. Isso é muito comum quando os pequenos estão sob estresse ou estejam sofrendo algum tipo de abuso – seja bullying na escola ou algo mais grave.” Muitas vezes a criança não tem idade ou discernimento para entender o processo pelo qual está passando, por isso os pais precisam ser pacientes e explicar tudo de forma lúdica e simplificada.
De acordo com o psicólogo, a primeira consulta tem duas funções principais: ser receptivo e agradável com a criança para que ela queira continuar o processo por vontade própria e registrar as queixas dos pais e observar a criança. “As próximas consultas visam investigar as dificuldades que envolvem observações mais sistemáticas, com uso de registros clínicos, testes, e outros”, completa.
Caso a condição da criança afetar o convívio social dela, é importante avisar sobre a terapia aos responsáveis pela escola. “Mas se a criança demonstrar incômodo com o fato, recomenda-se conversar para saber como deixá-la mais confortável e sempre ter cautela antes de passar a informação adiante”, conclui.