As crianças vivem em um mundo repleto de descobertas, até mesmo sobre si mesmas e seus sentimentos. Durante a infância, muito se fala sobre o encantamento e curiosidade característicos dessa fase da vida. No entanto, nem tudo é mil maravilhas e muitas vezes adultos apelam aos gritos para tentar trazer os pequenos para a realidade.
Ocorre que, apesar das dificuldades comuns de lidar com as crianças, gritar está longe de trazer benefícios para seu desenvolvimento, muito pelo contrário, conforme a nutricionista materno infantil Andreia Friques, uma série de reações ocorrem no cérebro dos pequenos diante dos gritos.
Efeitos dos gritos no cérebro das crianças
Sinal de perigo
O cérebro recebe sinais de perigo, insegurança e ameaça.
Acelera batimentos cardíacos
O medo é ativado e o coração começa a bater mais forte.
Descarga de adrenalina
O cérebro libera dopamina e adrenalina, preparando o corpo para uma situação de fuga.
Registro da memória
A liberação de cortisol diante de gritarias diárias afeta a formação do cérebro da criança. Com isso, o hipocampo – estrutura cerebral relacionada com as emoções e a memória – terá um tamanho reduzido.
Bloqueio no aprendizado
O corpo caloso, ponto de união entre os dois hemisférios cerebrais também recebe menos fluxo sanguíneo em situações de estresse, afetando assim o equilíbrio emocional da criança, sua capacidade de atenção e outros processos cognitivos.
Parâmetros de conduta
Crianças tendem a reproduzir o padrão de comportamento dos pais, inclusive quando se tornam adultas. Significa dizer que, ao vivenciar situações em que o grito é uma constante, é possível que ela entenda que essa é a conduta correta para resolver problemas e lidar com a vida.
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