Trabalhar X Criar filhos > Estratégias para suprimir a ausência

Se não há fuga do trabalho, o jeito é compensar a ausência de casa nos fins de semana. “Nesses dias, me dedico integralmente à Beatriz, levando-a ao cinema, passeando e realizando qualquer outra atividade infantil”, conta a Indaiara. Para ela, sexta-feira à noite é dia de esquecer o trabalho: “É preciso ser amorosa e paciente em casa mesmo quando aquele contrato de negócios tão aguardado não foi fechado”. Viviane adota a mesma conduta. “O fim de semana é cem por cento do Henrique. Nesses momentos tento priorizar nossa convivência. Cuido pessoalmente de sua alimentação e higiene e dou toda atenção que me é solicitada”, conta a arquiteta.

Paparicos e a realização de todas as vontades da criança pode não ser a melhor solução para suprir a ausência.

Os especialistas aprovam o comportamento. “O contato direto entre mãe e criança é fundamental e insubstituível. Quando ele está prejudicado ou reduzido em função do trabalho da mãe é importante que ela reserve uma parte do seu tempo para dedicar-se ao filho”, aconselha Tagma. Mas só a presença física não basta. Mais importante que o tempo que você dedica à criança é a qualidade desse momento. “Não adianta chegar em casa, se jogar no sofá e olhar TV com o pequeno. É preciso estar inteira com ele, escutá-lo, saber como foi seu dia, brincar”, ensina Tagma.

Cuidado com os excessos. Paparicos e a realização de todas as vontades da criança pode não ser a melhor solução para suprir a ausência. “É importante para seu desenvolvimento que criança tenha frustrações. Isso não é desamor, pelo contrário, mostra que os pais estão dispostos a educar os filhos e prepará-los para a vida. Mais do que presentinhos, a criança precisa da presença dos pais. Uma brincadeira divertida com eles vale mais do que qualquer presente”, explica Tagma.

Encher a criança de cursos, aulas, videogame e de computador também não surte efeito. “Pode ser muito bom para a criança ter um cotidiano cheio de atividades que a ponham em contato direto com ambientes e pessoas diferentes. No entanto, isso não pode ser visto como substituto do necessário contato com os pais”, alerta Deise. Tagma conclui: “Impor inúmeras tarefas aos filhos com a justificativa que se está fazendo o melhor para o futuro deles pode estar encobrindo a culpa dos pais por sentirem que não dão o bastante”.

Tecnologia a seu favor

Se por um lado a modernidade lançou a mulher no mercado de trabalho e a tirou do contato integral com a criança, as novidades tecnológicas estão aí para reaproximar mães e filhos. O celular foi a invenção que Indaiara aproveitou para não se afastar da filha Beatriz. “Se ela sentir minha falta, estarei de prontidão para falar com ela e diminuir a distância”, afirma. Patrícia também é adepta: “Em casa não saio do lado do telefone, ele tem que estar sempre comigo. Quando estou com saudades, ligo para saber se está tudo bem”. Internet, câmeras de vigilância e outros aparatos tecnológicos ajudam, mas vale lembrar que a aproximação virtual não deve substituir o contato real entre pais e filhos. “Crianças precisam de contato e interação”, enfatiza Deise.

Em algo, todas essas mães concordam: o trabalho é um ‘mal’ necessário. “É preciso para garantir o futuro de nossos filhos. Ainda que a distância gerada por ele seja dolorosa, um dia eles saberão que essa ausência foi para o bem”, argumenta Indaiara. E, após um longo dia de trabalho, a recompensa: “Na hora que retorno do trabalho, apesar de ela ainda não saber falar, do seu jeitinho me dá um lindo sorriso e abre os bracinhos para um abraço. Isso é mágico”, finaliza a diretora escolar Luciana Souza Costa (34 anos), mãe de Maria Eduarda (9 meses).

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