Acne adulta

É freqüente nos consultórios dos dermatologistas a vinda de moças de 30, 40, 50 anos, queixando-se de espinhas e estranhando que elas apareçam tanto tempo depois da adolescência. E, o que é mais surpreendente, podem surgir em quem jamais teve uma única espinha aos quinze! É a acne adulta, com lesões inflamadas, pus, oleosidade e cravos, que podem deixar cicatrizes.

Ela pode ser resultado do excesso de trabalho das glândulas sebáceas, sensíveis aos hormônios masculinos, que as mulheres também têm em pequena escala. As glândulas estimuladas secretam muito sebo que acaba por obstruir e dilatar os poros, formando cravos. Aí chegam as bactérias e surge a clássica espinha.

Circunstâncias especiais, como alterações hormonais, estresse e baixa de resistência também podem desencadear o aparecimento destas formas de acne adulta

Pode também ser causada pelo uso inadequado de cosméticos gordurosos, à base de óleos, lanolinas, que “entopem” os poros. Quando vêm acompanhadas de vermelhidão, vasinhos, extrema sensibilidade, é a conhecida acne rosácea. Pode ser conseqüência de estresse, desequilíbrio do organismo, abuso de comidas muito apimentadas, álcool, condimentos e sol.

Circunstâncias especiais como alterações hormonais, estresse e baixa de resistência também podem desencadear o aparecimento destas formas de acne adulta. Medicamentos anabolizantes e implantes para cessar a menstruação são responsáveis por alterações hormonais que causam acne com muita facilidade.

Não são somente as pessoas que sentem a pele oleosa que apresentam acne. Muitas vezes há sensação de ressecamento, o que leva ao uso de cremes consistentes, que agravam ainda mais o problema.

O tratamento é feito de acordo com cada caso e inclui sabonetes à base de sulfacetamida, ácido salicílico e enxofre; loções adstringentes contendo antibióticos também, como clindamicina e eritromicina; cremes e géis oil free com ácido glicólico e ácido retinóico; antibióticos como Minociclina via oral; Isotretinoina (Roacutan) via oral também é muito efetivo. Os hidratantes devem ser leves, sem óleo, de preferência à base de vitamina C.

Tratamentos “alternativos”, não científicos devem ser absolutamente evitados. Com o progresso da ciência, não há porque não usufruir dela.