Para aumentar os lábios, modelar o nariz, queixo, mandíbula, maçãs do rosto e para devolver volume a sulcos e rugas finas, a bioplastia se mostra bastante eficaz. Afinal, segundo o cirurgião Waldyr Ceciliano, não é só quando começamos a envelhecer que devemos nos preocupar com a harmonia facial. “Hoje, ouvimos falar em harmonia em diversas áreas: arquitetura, gastronomia… Então por que não no nosso corpo?”, indaga-se Waldyr. Segundo ele, a bioplastia é isso: harmonização. A técnica, indicada para homens e mulheres, pode criar linhas e ângulos de beleza e recuperar o desenho do rosto envelhecido através de injeções de polimetilmetacrilato (PMMA). “É basicamente um gel com microesferas, uma espécie de massinha de modelar”, explica o cirurgião Robert Bloch.

Segundo ele, o PMMA pode ser injetado com microcânulas em diferentes profundidades da pele e através de um pequeno furinho, sem cortes nem pontos. A substância também pode ser injetada no osso, músculo e gordura superficial. Dependendo da profundidade que se quer alcançar, são utilizadas concentrações de 2, 10 e, no máximo, 30 %. “Mas em determinadas áreas, como na testa, onde o músculo é muito forte, a bioplastia não funciona muito bem”, esclarece Robert Bloch. A anestesia é local e o resultado, imediato. O PMMA, que não faz mal à saúde, não é absorvido pelo organismo, garantindo, segundo o fabricante, resultado permanente. “Peço, no mínimo, duas sessões”, frisa Robert Bloch. O paciente vai embora no mesmo dia, no entanto deve fazer compressas com soro fisiológico nas primeiras 24 horas e dormir com a cabeceira elevada para acelerar a drenagem e reabsorção do edema.

Mas, atenção, segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, a técnica deve ser usada com parcimônia e as concentrações devem ser obedecidas, porque o uso de produtos que ficam integrados aos tecidos em que foi implantado oferece o risco de infecções e complicações crônicas.

Preço médio: entre R$ 500,00 e R$ 1 mil por sessão.

A boa e velha toxina botulínica

A toxina botulínica é das antigas, mas cativou e continua sendo destaque nos consultórios de dermatologia. Trata-se de uma substância que paralisa os músculos temporariamente, sendo eficaz no combate às rugas de expressão, entre elas os famosos pés-de-galinha e aquele franzido da testa.

A toxina é injetada diretamente nas áreas a serem tratadas, fazendo com que ele pare de se contrair. Assim, com a paralisia temporária da musculatura que recebeu a injeção, a pele adquire uma textura mais suave e o rosto, uma aparência mais jovem. O efeito é progressivo – atinge sua ação máxima entre cinco e sete dias após a aplicação e dura de cinco a seis meses, podendo, então, ser retocado para preservar o resultado.

“Recomendamos, portanto, duas sessões por ano”, afirma a dermatologista Andréia Mateus Moreira. “Após cada aplicação, pode aparecer um roxinho ou outro nos locais das injeções, mas é normal”, avisa Andréia. Alguns poucos cuidados devem ser tomados depois de cada sessão, como não se deitar, não forçar a mímica e não mexer no rosto durante quatro horas, além de evitar o sol. O uso da toxina deve ser evitado em grávidas e é indicado a partir de 30 anos, mas a idade pode variar de paciente para paciente.

Preço médio: de R$ 600,00 a R$ 1 mil por sessão.

Ácidos que preenchem

Se antes a pedida número um nos consultórios médicos era a toxina botulínica, hoje a dermatologia oferece uma variedade muito grande de preenchimentos com ácidos, que não paralisam o músculo, mas preenchem sulcos e rugas. Os dois bastante utilizados são o ácido hialurônico e o ácido L-poliláctico.

O ácido hialurônico é uma substância natural, encontrada no próprio organismo. Ajuda a manter a elasticidade, hidratação, sustentação e estrutura da pele. O tratamento à base do ácido, que vem em ampolas, é, portanto, superseguro e consiste em aplicações de injeções da substância na região do rosto onde há linhas de expressão, rugas, cicatrizes de acne e outras imperfeições. “É ótimo para a região das bochechas e em uma só sessão resolve o problema”, garante a dermatologista Andréia Mateus. Pode ser usado, também, para aumentar o volume dos lábios. O efeito do ácido, que é absorvido pelo organismo, dura de dez a 15 meses, podendo chegar até dois anos de durabilidade.

Já o ácido L-poliláctico, substância sintética, é um excelente estimulador da produção de colágeno. Combate de forma eficaz a flacidez e o envelhecimento cutâneo, preenchendo áreas “murchas” da face (com perda de gordura) e sulcos profundos. Também pode ser injetado em áreas deprimidas, como cicatrizes de acne. Geralmente são necessárias três sessões, uma por mês, e, segundo Andréia, de cinco a seis meses os resultados são satisfatórios. O ácido L-poliláctico tem efeito duradouro, é capaz de manter a produção de colágeno por aproximadamente dois anos.

Os preenchimentos são feitos com anestesia local, no próprio consultório. Logo após as aplicações, evite atividades físicas, exposição ao sol, calor e manipulação local. O procedimento pode deixar a pele com leve vermelhidão, inchaço e pequenos hematomas. Por isso, recomenda-se tomar gotinhas de arnica e fazer compressas geladas. Tudo desaparece geralmente após 24 horas – menos os resultados, é claro!

Preço médio: Ácido hialurônico – entre R$ 900,00 e R$ 1.300,00 por ampola; Ácido L-poliláctico – R$ 1.800,00 por sessão.

Laser e rádio-freqüência

O laser fracionado é o que há de novidade em aparelho para regenerar a pele facial. “A regeneração é feita de dentro para fora, estimulando a produção de colágeno”, explica a dermatologista Paula Belotti. O tratamento é realizado em, no mínimo, três sessões com intervalos de um mês e traz melhora das manchas, rugas, flacidez, além de devolver o viço à pele. “É pouco doloroso, porque utilizamos anestésico tópico, e a única coisa que pedimos para a paciente é não pegar sol durante o tratamento”.

O Thermacool é outro aparelho de destaque no mundo da estética. “Ele opera com rádio-freqüência e emite ondas de calor que penetram nas camadas da pele”, explica Paula Belotti. Com isso, segundo a dermatologista, ocorre a estimulação da produção de colágeno, melhorando a flacidez. Para obter – e manter – bons resultados, é indicada uma sessão de seis em seis meses.

Para não sair da rotina

Segundo o cirurgião plástico Waldyr Ceciliano, o que vale, porém, não é só procedimento estético e cirurgia – seja com ou sem corte. De acordo com ele, o importante é cuidar sempre da pele e, claro, quando a hora chegar, aliar aos cuidados básicos do dia-a-dia os procedimentos estéticos rápidos, sem dor e que não deixam cicatriz. Veja as dicas do médico para ficar sempre bonita – e jovem!

– Aplique e reaplique o filtro solar a cada duas horas, sempre lavando o rosto antes de cada reaplicação. Para quem gosta de praia, evitar horários que não estejam na faixa de oito às dez da manhã. “Hoje, não tem mais desculpa para não fazer a fotoproteção. Existe até tecido – camisas, bonés – com proteção ultravioleta”, diz Waldyr Ceciliano.

– Mantenha-se hidratada. “Beber de 12 a 15 copos de água por dia é ótimo contra a celulite e excelente para a pele e para a saúde como um todo”, aconselha o médico.

– Busque uma alimentação saudável e boas horas de sono. “Vá atrás da saúde que, de brinde, vem a beleza”, finaliza Waldyr.

Serviço:
Dr. Waldyr Ceciliano – (21) 2492-1432

Dr. Robert Bloch – (11) 3884-4907

Dr. Marco Túlio Amarante – (35) 3721-2165

Dra. Paula Belotti – (21) 2294-9514

Dra. Andréia Mateus – (21) 2247-2338