Adeus, barriga! > Mais a fundo

por | jun 30, 2016 | Beleza

Para quem não tem medo de entrar na faca ou levar uma picadinha de leve, a boa notícia é que os métodos mais invasivos são considerados mais rápidos na redução da barriga. Conheça os que estão em alta!

Eletro-acupuntura

Agulhas de acupuntura são colocadas nas regiões com excesso de gordura e ligadas em um aparelho que emite uma descarga. “A corrente passa de agulha em agulha, quebrando a camada de gordura”, explica Fátima Pazos.

Intradermoterapia

São aplicadas injeções locais de enzimas capazes de dissolver a gordura localizada. “Não dói, porque são agulhas muito finas que penetram de 4 a 6 mm”, tranqüiliza o médico Roberto Rodolfo Jr. São necessárias 10 sessões com intervalos de uma semana entre elas, mas ele garante que a partir da terceira ou quarta sessão já é possível notar os resultados. No entanto, atenção: “A intradermoterapia não é voltada para o emagrecimento. Ela é específica para quem está dentro do peso, com atividade física e dieta em dia, porque vai auxiliar apenas na eliminação da gordura localizada, não substituindo a lipoaspiração”, explica o médico. “Se a pessoa faz o tratamento e vai para casa ficar sentada no sofá assistindo novela e comendo, então nem adianta fazer”, ressalta.

Hidrolipo

“Com uma agulha fina, introduzimos soro fisiológico na camada de gordura da paciente, inchando as células, que ficam mais fáceis de serem rompidas”, explica Ingrid Peres. Aí entra o ultrassom ajudando a romper as células e voi là.

Plástica nela

Há três intervenções cirúrgicas que podem transformar sua barriga: abdominoplastia (retirada de gordura e pele em excesso, remodelando o abdômen), lipoaspiração (indicada para quem não tem pele sobrando, mas sim uma grande quantidade de gordura) e miniabdômen (retirada do excesso de pele em volta e embaixo do umbigo). O problema é que o pós-operatório exige cuidados como ficar de molho em casa, não tomar sol etc. Isso tudo por até 60 dias. Mas, segundo o cirurgião plástico Waldyr Ceciliano, hoje, felizmente, esse cenário está mudando. “Contamos com técnicas cada vez menos invasivas, como as chamadas lipoplastias. Usamos cânulas de calibre bem fino para sugar a gordura, quase não fica cicatriz”, comemora.

A boa e velha malhação

Depois de conhecer todos esses tratamentos, um alerta: “Como nada é definitivo na medicina, a manutenção dos resultados precisa ser feita. Como? Através da adoção de hábitos saudáveis, ou seja, dieta balanceada, exercícios físicos e por aí vai”, frisa a dermatologista Silvana Brazão. Até mesmo durante os tratamentos, a não ser os que envolvem cirurgia, como a lipoaspiração, são indicados os exercícios físicos e uma dieta balanceada para acelerar os resultados.

Para chegar ao verão com saúde e com a barriga retinha (quiçá tanquinho!), a fórmula é bem simples. “Antes de definir, é preciso diminuir a camada de gordura que fica entre a pele e o músculo, ou seja, emagrecer. Só depois disso é possível trabalhar a musculatura de forma que a definição fique aparente. Se a pessoa não perder gordura, ela vai ficar mais durinha, mas não definida”, explica o personal trainer Marcelo Cabral, da academia Pro Forma, no Rio. Então, o primeiro passo é voltar a atenção para a alimentação, parceira extremamente valiosa na perda de gordura abdominal. “O que emagrece, no fundo, é a dieta balanceada. O exercício apenas ajuda e acelera o processo de perda de peso”, esclarece Luciano Bandeira de Melo, coordenador da academia Upper, da filial Botafogo, no Rio.

Mas, atenção, se você é ratinha de ginástica e musculação, saiba que abdominais não fazem perder peso. “Apenas modelam, tonificam e dão firmeza à barriga, mas não emagrecem”, frisa Luciano. Os exercícios aeróbicos, como natação, caminhada, spinning, running class, jump fit, box, esses sim, favorecem a perda de peso. Pois é, pode parar de apostar com as amigas quem faz mais abdominal por dia, até porque elas devem ser feitas em dias alternados. Além disso, não é a quantidade de vezes que você sobe e desce que conta. “É preferível tentar aumentar a intensidade, já que a musculatura responde a isso, do que fazer um número muito grande de repetições. Duas ou três séries de 15 abdominais com uma carga elevada é um bom padrão”, esclarece o personal Marcelo Cabral.

A freqüência da atividade física aeróbica vai depender do seu condicionamento, mas, em média, recomenda-se 150 minutos de exercícios aeróbicos por semana. E não precisam ser diretos, ao contrário do que muitas pensam, porque o gasto calórico se soma. “Se você tem 10 minutos três vezes por dia, então use-os”, aconselha Luciano de Melo. “É igual a combustível. Se você vai do ponto X ao Y, parando ou não, o gasto de gasolina é o mesmo. Com as calorias, funciona do mesmo jeito, porque elas nada mais são do que o combustível do nosso organismo”, compara Marcelo Cabral. “Só que de nada adianta você ir direitinho à sua aula de spinning, por exemplo, se depois você repõe as cerca de 300 Kcal perdidas em uma aula comendo um pedaço de doce”, ressalta o personal da Pro Forma.

Segundo ele, com um bom programa nutricional e de atividade física é possível começar a sentir a redução de peso em duas ou três semanas. Já a definição do abdômen rende bom resultado em apenas seis semanas. “A musculatura responde muito bem, mais rápido até do que a perda de gordura”, afirma Marcelo.

Munida de tudo o que você precisa saber para perder o excesso de centímetros abdominais, mexa-se, literalmente, porque ainda dá tempo de chegar ao verão com a barriguinha que você pediu a Deus. Mas não invente! Procure o acompanhamento de um bom profissional de Educação Física e de Nutrição. Juntos, vocês podem traçar uma estratégia que vai fazer a barriga sumir e, de quebra, garantir um up em todo o resto!