Barriga pra dentro! > Operação barriga sarada

Existe uma infinidade de tratamentos estéticos para modelar o corpo: drenagem linfática, intradermoterapia, endermologia, estimulação russa, ultra-som… No entanto, de acordo com a médica Joana D´Arc Diniz, diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, os que oferecem resposta mais rápida são os injetáveis. “Por causa da exposição solar, não queremos ficar com manchas roxas que nos impediriam de ir à praia. Por isso, hoje há meios de acelerar a queima de gordura de maneira menos invasiva”, comenta.

O método que vem provocando maior procura – e maior polêmica – é a aplicação de polifenóis de alcachofra. O efeito dessas injeções são motivo de controvérsia. Segundo vem sendo divulgado, os polifenóis seriam responsáveis pela quebra de moléculas de gordura, fazendo com que elas caiam na corrente sangüínea, para depois serem queimadas por meio da atividade física. Outros dizem que a alcachofra age diretamente sobre o estrogênio, hormônio que aumenta os depósitos de gordura, acabando com esse estoque.

Há quem diga, ainda, que sozinhas as injeções podem até deixar o abdômen em forma de tanquinho. “É um equívoco. Os polifenóis ajudam a eliminar a gordura, sim, mas não enxugam a barriga a ponto de defini-la como tanquinho. A aplicação, associada a exercícios físicos e dieta, além da alta ingestão de água, fazem com que o resultado seja bem satisfatório, mas longe de fazer essa mudança tão radical na aparência da barriga”, explica o cirurgião plástico Luiz Alexandre Tissiani, da Clínica Onodera, em São Paulo.

No entanto, a utilização dos polifenóis de alcachofra não é aprovada pela Vigilância Sanitária, pois não há estudos que comprovem sua eficácia e segurança como tratamento estético. “Embora a alcachofra seja substância conhecida há décadas, ainda não se sabe qual a dose a ser usada, nem a maneira correta de aplicá-la”, observa Joana D´Arc Diniz. Os polifenóis de alcachofra podem apresentar, segundo o cirurgião Luiz Alexandre, algumas reações adversas, como vermelhidão, coceiras ou marcas roxas no local da aplicação. Mesmo assim, é preciso consultar um médico antes de optar pelo tratamento. “O resultado é geralmente bom, porém varia de pessoa para pessoa”, argumenta.

Plástica na auto-estima

Antes de sair sonhando com grandes efeitos plástica, é essencial ter uma conversa franca com o médico. Até porque as cirurgias são mais recomendadas para aqueles casos em que existe grande flacidez na pele, que não é possível consertar com a atividade física – ou após uma perda de peso muito grande. “Cada caso é um caso e depende da recomendação do especialista. É preciso ressaltar que cirurgia plástica não faz milagre e nem abdômen de tanquinho, pois simular uma musculatura sarada não dá certo”, alerta o cirurgião plástico Edmar da Fontoura.

Segundo o médico, existem três procedimentos que podem mudar bastante a cara da barriga: a abdominoplastia (que retira a gordura e a pele em excesso, remodelando o abdômen), a lipoaspiração (ideal para quem não tem pele sobrando, mas grande quantidade de gordura e o miniabdômen (que retira o excesso de pele em volta e embaixo do umbigo). “Em todos eles o pós-operatório exige repouso e o abandono temporário das atividades físicas. O importante é seguir as recomendações e não querer apressar a volta as atividades normais. O resultado compensa”, diz o médico.