Modelo decide não esconder as cicatrizes de acne nas costas e inspira: “Não me definem”

por | nov 25, 2020 | Beleza

Por bastante tempo, a acne foi mais um motivo pelo qual muita gente tentou esconder a pele, com maquiagem e roupas, por medo de não se encaixar em padrões impostos pela sociedade. Felizmente, os movimentos de aceitação e amor próprio que vivemos nos últimos anos têm mudado bastante este cenário, especialmente com a ajuda das redes sociais.

É o caso da zimbabuense Nià, que reuniu milhares de seguidores em seu Instagram por mostrar a beleza de pessoas que convivem com a acne nas costas – a chamada bacne. Aos detalhes:

Acne nas costas

Com mais de 407.000 seguidores na rede social, Nià se tornou uma verdadeira inspiração ao dividir com os internautas sua beleza real.

Uma das primeiras lembranças de Nià é quando, aos 15 ou 16 anos, ela foi a uma festa no verão e os adolescentes perguntaram por qual motivo ela usava um cardigã. Ela se lembra de mentir, dizendo que sentia frio, mas era apenas uma tentativa de esconder as marcas.

Deixar as costas à mostra foi um longo processo. Por um período, os cabelos escondiam, mas era só a modelo prender os fios, ou querer usar um biquíni, que logo os temores voltavam.

Com o processo de aceitação, através de seu perfil, a influencer passou a compartilhar conteúdos importantes para quem, assim como ela, convive com as acnes na região das costas. Ela é chamada de “bacne” por causa da junção das palavras “acne” e “back” (que significa “costas”, em inglês).

“Eu estava filmando, queria virar e pensei comigo mesma: ‘Eek, não posso mostrar minhas cicatrizes de bacne até que sarem’. Eu tive que parar e me perguntar: ‘Quem me disse isso?’. Às vezes, aquela voz interior é o seu pior inimigo, mas parei um momento para me afirmar que estava bem do jeito que estou”, contou na legenda de uma publicação.

“Eu não deveria sentir vergonha da minha pele. Eu não sou definida por isso. Elas [as bacnes] contam uma história e me lembram que, assim como nossa pele, sempre iremos sarar”.

Representatividade e empoderamento