O tal do Ultrashape > Dados excepcionais

Apesar de ser uma grande novidade no Brasil, esta tecnologia já é utilizada há alguns anos com sucesso na Europa e recebeu o selo CE Mark, atestando que a Ultrashape cumpre as exigências da União Européia. Nos Estados Unidos, sua comercialização ainda depende do aval da toda poderosa FDA, sigla do inglês Food and Drug Administration, órgão governamental que controla alimentos e medicamentos no país. Para Karla Assed, o fato não é motivo de preocupação, já que não há registros de problemas com o uso do aparelho até agora.

Sabine Dillen, diretora do instituto de beleza belga Probeauty, também defende o tratamento. Segundo ela, são feitos três procedimentos com o Ultrashape por dia em sua clínica e nunca houve qualquer tipo de complicação com os pacientes. “É um dado excepcional em termos médicos. Oferecemos o tratamento desde novembro de 2005”, relata a médica.

O problema é que muitas vezes o tratamento se estende por vários meses e os pacientes esquecem como estavam antes

Apesar de acreditar nos benefícios do tratamento, Sabine prefere ser cautelosa ao promover os resultados produto. De acordo com ela, são necessárias de três a quatro sessões para que o paciente realmente sinta diferença e não apenas uma, como outras clínicas costumam divulgar. A médica argumenta ainda ser difícil medir os resultados de forma eficaz. “O problema é que muitas vezes o tratamento se estende por vários meses e os pacientes esquecem como estavam antes. Gostamos de manter um mês de pausa entre uma sessão e outra. Medir os resultados se mostrou algo bem complicado. Por exemplo, almoçar ou não antes do tratamento faz uma diferença enorme na aparência da área abdominal”, esclarece.

Segundo a Ultrashape, o paciente perde em média dois centímetros de gordura por sessão. A dermatologista Karla Assed confirma a estimativa da empresa israelense e observa que já foi registrada, inclusive, a perda de até seis centímetros em um único procedimento. “A resposta é individual, mas o mínimo esperado é a redução de um centímetro”.

É importante saber que não se trata de uma solução definitiva. O Ultrashape elimina gorduras, mas não garante que o paciente não volte ao estágio anterior. Segundo Sandra Ziv, a intenção do procedimento não é provocar a perda de peso, mas reduzir a circunferência de áreas com gorduras indesejadas. “Isso melhora a aparência do contorno do corpo e muitos pacientes contam que a roupa passa a vestir melhor. É possível que alguém que ganhe peso depois do tratamento volte a ter gordura na região tratada”, pondera a gerente de marketing da empresa.

Após a sessão, o paciente pode voltar à vida normal, tendo apenas de seguir uma dieta livre de gorduras durante uma semana, para não haver sobrecarga do fígado, explica a dermatologista.

O Ultrashape vem sendo apontado como uma grande alternativa a tradicional lipoaspiração, porém, para Karla Assed, são procedimentos totalmente diferentes, já que com o aparelho de ultra-som perde-se no máximo 300 gramas por sessão e, com a cirurgia, o paciente pode perder até quatro litros de gordura.

A lipoaspiração também acaba custando menos, em comparação a um tratamento completo com o Ultrashape, afirma a dermatologista. Ela recomenda no mínimo três sessões e cobra por cada uma delas entre R$ 1.500 e R$ 2 mil reais. A médica explica que este é o valor mínimo para o procedimento, mas que uma avaliação é necessária e, dependendo da região, o orçamento pode ser maior.