Citrus Aurantium – Obtido da laranja amarga, o C itrus aurantium contém sinefrina, estruturalmente muito semelhante à efedrina, que foi proibida por aumentar os riscos de infarto e derrame. O C itrus aurantium é mais seguro e muitas vezes é utilizado como substituto em suplementos alimentares, pois também promove o aumento do metabolismo, segundo Barbara Sanches. É indicado na perda de peso e na diminuição do apetite. Além disso, tem propriedade digestivas e diuréticas.
Slendesta – É um extrato obtido da proteína da batata, que aumenta a saciedade por estimular a secreção de colecistoquinina (CCK). Por isso, reduz a vontade de comer.
Cáscara sagrada ( Rhamnus purshiana) – É uma planta medicinal com efeito laxativo – a pessoa não absorve os nutrientes e desidrata. “A perda de peso decorrente do uso de laxativos se deve basicamente à desidratação e não à perda de tecido gorduroso, de modo que é um meio de ‘driblar a balança’ sem efetivamente estar emagrecendo”, alerta a endocrinologista Giselle Taboada. A cáscara sagrada possui compostos antraquinônicos, e, por isso, provoca diarréia. Portanto, não é considerada uma ajuda saudável no processo de emagrecimento, pois além de comprometer o intestino, também diminui a absorção de vitaminas, minerais, aminoácidos e ácidos graxos essenciais para garantir a saúde. Leva de seis a oito horas para fazer efeito. “O uso contínuo pode levar a problemas intestinais, o que gera inflamação e facilita o acúmulo de gordura no organismo”, adverte a nutricionista Barbara Sanches.
Garcínia ( Garcínia cambogia) – De acordo com o endocrinologista Flavio Madruga, a garcínia deixa a pessoa com menos vontade de comer doces. Além disso, diminui o apetite, bloqueia a síntese de ácidos graxos (formação de gordura), altera o fluxo metabólico dos carboidratos, protege a parede do estômago, reduz o colesterol ruim e aumenta colesterol bom (HDL).
Ágar-ágar ( Gelidium cartilagineum) – Tem atividade laxativa suave e faz o espessamento de alimentos. Utilizada pela indústria alimentícia ou na culinária, aumenta a sensação de saciedade, ajudando no processo de emagrecimento e em casos de intestino preso. Segundo a endocrinologista Giselle Taboada, o ágar-ágar é extraído de algas marinhas e insolúvel em água. “Desta forma, quando ingerido, ele aumenta de volume, levando a uma sensação de ‘estômago cheio’. A pessoa come menos, por se sentir saciada”, explica. Sua composição é basicamente de fibras e o valor calórico é muito pequeno. Barbara Sanches recorda que a ingestão deve ser feita com um copo de 200 a 250ml de água.
Chá verde e chá branco ( Camellia sinensis) – São provenientes da mesma planta, com diferenciação da época da colheita. Ambos têm ação antioxidante, antialérgica, antiinflamatória e protegem contra doenças neurodegenerativas. Ajudam a desintoxicar o organismo, diminuir os níveis de triglicérides e de colesterol ruim, o que ajuda a reduzir o risco de doenças cardiovasculares. Também aumentam o gasto energético e a quebra da gordura, ou seja, elevam o gasto de calorias. “Além de auxiliarem no emagrecimento, têm outras funções benéficas ao organismo, como desintoxicar e desinflamar, além de diminuirem o risco de doenças crônicas e osteoporose”, indica a nutricionista Barbara Sanches. A médica Giselle Taboada pondera: “O chá verde tem ação diurética e laxativa. Da mesma maneira que a cáscara sagrada, a perda de peso decorre de perda de água (desidratação)”.
Valeriana – A medicina alopática tem indicado o chá de valeriana principalmente para o tratamento da ansiedade e insônia, que podem ser causas de uma compulsão alimentar. Não ajuda a emagrecer diretamente, controlando o apetite, mas melhorando a qualidade de vida de quem sofre desse males. Em excesso, pode prejudicar as funções do sistema nervoso central.
Caralluma Fimbriata – É considerado um dos melhores inibidores de apetite. O composto, originado de uma espécie de cacto indiano, atua no cérebro controlando a vontade de comer (principalmente beliscar durante o dia) e a saciedade. Ainda não há registro de reações adversas.
Vale lembrar que é sempre importante escolher bem os laboratórios ou farmácias de manipulação onde serão feitas as fórmulas, e estas devem ser devidamente recomendadas por um profissional habilitado. Veja se há fiscalização do local e se a farmácia de manipulação é autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
