O professor de Power Plate da academia A!Bodytech, Vladimir Toledo, conta que a procura pelo aparelho tem sido maior pelas mulheres. E que ele é uma das poucas alternativas para o trabalho de força, fora da musculação tradicional. “Para os trabalhos aeróbicos existem muitas opções, mas quem não gosta de puxar ferro tem poucas saídas. Esse aparelho é uma delas, talvez por isso a procura esteja sendo tão grande”, revela. Ele conta que, quem ainda erroneamente associa a dor do treino ao resultado, estranha a máquina a princípio. Isso acontece porque tratam-se de estímulos diferentes. A aula trabalha o corpo como um todo.
Vladmir revela também que, apesar de ainda ser cedo para enumerar os diferenciais dos resultados do treinamento com a plataforma, após as aulas, já tem percebido a força do trabalho agudo na amplitude dos movimentos. “Pessoas que mal conseguem chegar com as mãos além do joelho no alongamento, ao final da aula, põem as mãos no chão. Com o tempo, essa amplitude se reduz. Mas é provável que, com o treinamento freqüente, essa amplitude se torne crônica”, acredita ele, lembrando que o aparelho permite ainda um relaxamento final. “Quando termina a aula, usamos a vibrações mais fortes para uma massagem. O aluno sai novo”, comenta.
É exatamente essa modalidade de funcionamento do Power Plate que seus fabricantes estão usando para associá-lo ao combate paralelo à celulite. De acordo com a fábrica, as vibrações produzem uma micromassagem nas células, aumentando a permeabilidade da membrana celular e agindo sobre a fibrose do tecido, o que ajuda na quebra das células de gordura. A vibração faz também com que a linfa, parte do líquido que se encontra em tecidos e células, não fique acumulada, levando com ela as toxinas decorrentes do nosso metabolismo. O aumento da circulação e a micromassagem que ocorre nos tecidos, ativa a produção de colágeno e elastina, melhorando o enrijecimento da pele.
Ela só não basta. É necessário o uso de géis, um programa alimentar preventivo e o acompanhamento de um médico especializado
Na opinião da dermatologista Alessandra Ketzer, o aparelho pode ser mesmo um bom coadjuvante no tratamento contra a celulite. Mas ressalta que, quem quer mesmo se livrar delas, precisa fazer bem mais além de pô-las para vibrar. “A drenagem linfática parte um pouco do mesmo princípio mas, da mesma forma, ela só não basta. É necessário o uso de géis, um programa alimentar preventivo e o acompanhamento de um médico especializado”, diz, lembrando que milagres não existem. “Quem quiser ficar bonita, tem que fazer a sua parte”, conclui.
