Que a tapioca virou a nova queridinha da alimentação já é notícia velha – o alimento, livre de glúten, pode ser uma alternativa mais saudável ao pão. O curioso é que, além de amiga da dieta, a farinha é também aliada da beleza: a tapioca pode ser usada no couro cabeludo, sem riscos à saúde, para tirar o excesso de oleosidade dos cabelos. A dermatologista Valéria Campos e a farmacêutica Christine Prato garantem que o truque funciona e não traz riscos à saúde.
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Tapioca no cabelo: dá certo?
Segundo as profissionais, a tapioca funciona como um absorvente de oleosidade, retendo partículas de óleo do couro cabeludo na superfície de sua molécula. Assim, o aspecto pesado da raiz é amenizado. “A tapioca no couro cabeludo ajuda a combater a caspa e pode até ser uma opção para consumidores que desejam reduzir o uso de químicos nos fios, como os que fazem a rotina de no-poo e low-poo”, explicam elas. Assim, a farinha funcionaria da mesma maneira que um shampoo a seco – alguns, inclusive, têm tapioca em sua composição.

Sobre os riscos de desenvolver algum tipo de alergia na cabeça com o uso da tapioca, a dermatologista e a farmacêutica são categóricas: ele é praticamente nulo. “A tapioca é largamente utilizada pela indústria cosmética para deixar as formulações com toque seco e controlar a oleosidade. Por ser um tratamento superficial, é muito raro que haja complicações. Seu isso é muito seguro e estudado e garante resultados satisfatórios e bem tolerados. A única ressalva seria evitar usar a tapioca em excesso, para não tirar o volume dos fios”, avisam as especialistas.
Não dá mau cheiro?
“Muito pelo contrário”, asseguram Valéria e Christine. De acordo com elas, a tapioca mantêm os fios limpos por mais tempo, e o truque é uma boa dica para quem deseja, por exemplo, “segurar” aquela escova feita no salão.
Como usar?
Valéria e Christine aconselham aplicar uma pequena quantidade sobre a raiz e espalhar. Segundo elas, o resultado fica melhor quando se usa um pincel para afastar os fios e colocar a tapioca somente sobre a raiz. No momento da aplicação, os fios podem ficar um pouco esbranquiçados. “Mas, se colocar pouquinho e da forma correta – espalhando, sempre na raiz – a tapioca desaparece completamente”, garantem. O que se poderia perceber é uma leve opacidade nos fios do local onde a farinha foi aplicada.

A tapioca pode ficar em contato com o couro cabeludo por um período longo – até a próxima lavagem, por exemplo. De acordo com a dermatologista e a farmacêutica, o produto é seguro e não tem maiores contraindicações; por isso, não há problema ficar por um ou dois dias com a farinha no couro cabeludo. “No máximo, a pessoa terá que aplicar novamente para controlar a oleosidade”, dizem.
A frequência do tratamento vai depender do grau de oleosidade do cabelo: se for excessivo, não há problemas em usar a tapioca todos os dias. “Ela pode ajudar no tratamento da dermatite seborreia, além de dar um pouco de volume a cabelos muito finos e lisos. Cabelos quimicamente tratados também podem ser preservados, já que a tapioca acaba diminuindo o número de lavagens”, explicam as profissionais.
Qual tapioca escolher?
“A tapioca ideal é a de fina gramatura e de alta pureza”, dizem Valéria e Christine. Por isso, quando mais fina for a partícula da farinha, mais fácil será de espalhar, mais discreto será o efeito de opacidade no fio e mais sucesso terá o tratamento.