É por este motivo que os bebês começam a morder os pais e os coleguinhas

Uma das primeiras formas da criança conhecer o mundo é por meio da boca. Com ela, o bebê se alimenta no seio materno, troca afeto com os pais, conhece os objetos e texturas ao seu redor.

Quando nascem os dentes, os pequenos percebem que também podem morder e usam esse artifício como forma de diálogo, para chamar atenção, extravasar raiva ou insatisfação com alguma coisa.

Por que as crianças mordem?

A psicóloga infantil Daniella Freixo de Faria, em seu perfil no Facebook, afirma que a criança pequena morde porque ainda não desenvolveu outras habilidades de comunicação, não tendo linguagem clara e nem entendimento de suas emoções. Desta forma, ela usa a mordida como ferramenta para demonstrar insatisfação e resolver conflitos, normalmente ligados aos desejos.

As mordidas nos amiguinhos da escola ou nos pais podem acontecer quando o pequeno é contrariado – em situações onde quer um brinquedo ou há uma disputa com outros coleguinhas, por exemplo, mas também em momentos de alegria, excitação e até raiva. Essa “mania” de morder pode durar até os cinco anos, porém, é mais intensa entre um e dois aninhos.

Mas também pode ser um hábito adquirido: muitos pais e adultos presentes na vida da criança costumam mordê-las levemente como forma de afeto e amor, demonstrando o quanto ela é bonitinha, fofa e macia. Muitos pequenos tendem a copiar o comportamento dos pais e, por isso, passam a morder também como maneira de carinho, sem entender que pode machucar outra criança.

Como os pais devem lidar com as mordidas

Os responsáveis precisam ter paciência e entender que a criança está em processo de aprendizado e que o hábito de morder não será resolvido do dia para a noite. Daniella Freixo de Faria explica que o papel do adulto é sempre mostrar que aquele não é o melhor caminho, apontando as consequências deste ato.

Neste caso, explicar que morder faz “dodói”, mostrar o quanto o amiguinho (ou você) ficou triste com a mordida, dizer que é errado e que existem outras maneiras de manifestar estes sentimentos. A psicóloga infantil ressalta, ainda, que os pais jamais devem revidar e morder a criança de volta como forma de educá-la a não repetir a ação.

Conversando e apontado os comportamentos positivos que o pequeno têm, como o pedido de desculpas e a promessa de não voltar a morder as pessoas, os pais conseguem aos poucos transmitir às crianças a mensagem de que morder não é bom.

Na medida em que a criança cresce e vai incorporando uma linguagem mais verbal, aprende a dizer “não” e demonstrar de forma mais clara o que está querendo ou vivenciando. A partir daí, esses episódios de mordidas tendem a desaparecer naturalmente.

Comportamento infantil