É domingo. Você não trabalha e pode acordar a hora que quiser, mas sua mente e seu corpo nem se dão conta e você levanta cedo como se fosse um dia comum da semana. “Mas quando eu tinha 20 anos não era assim!”. Por que será que depois de uma certa idade, as pessoas não conseguem mais ficar na cama até tarde?
Segundo estudo da psicobiologista Ana Adan, especialista em sono da Universidade da Barcelona, isso é completamento normal. Os anos passam, seu corpo muda, você envelhece e quando percebe, já não dorme como antes.
“Faz parte da evolução do ciclo vital e do envelhecimento do organismo. Dormimos menos e pior”, explica ela, como reportado pelo site de notícias do El País. O sono muda ao longo da vida, fazendo com que as pessoas mais velhas durmam pouco e acordem com mais frequência durante a noite.
Por que isso acontece?

Tudo varia de acordo com o nível de amadurecimento do sistema nervoso. Quanto mais jovem, mais necessidade de dormir a pessoa tem. É por isso, por exemplo, que os bebês dormem em torno de 15 horas por dia – chamado de sono polifásico, porque essas horas são divididas em três, quatro ou até mais vezes.
Com o tempo, o organismo adota o sono monofásico, em que a pessoa dorme uma vez só, quando não há mais a luz do dia, porque o cérebro entende que precisa ficar ativo quando há claridade (por isso que é importante dormir no escuro – qualquer sinal de luz pode ser o suficiente para dizer a ele que hora de acordar).
Enquanto para os adolescentes, que precisam dormir mais, o sono chega mais tarde, fazendo com que, em média, não consigam dormir antes das 23h e nem acordar antes das 8h. Mas, dos 20 anos para frente, tudo começa a mudar.

Quantos horas é preciso dormir?
Menos horas de sono são necessárias para descansar, entretanto, a vontade de dormir chega mais cedo, acorda-se várias vezes durante a noite, e levantar tarde não se tornar mais tão fácil e espontâneo.
É porque a partir de uma certa idade (que varia de pessoa para pessoa), a mente passa menos tempo na fase REM (Movimento Rápido dos Olhos, em português), onde o cérebro fica mais relaxado, em um sono mais profundo – na qual acontecem os sonhos.
Mas Ana não enxerga isso como um problema. O número de horas depois dessa idade, segundo ela, já não importa tanto. “É preciso dormir o suficiente para nos recuperarmos, nos sentirmos bem e funcionarmos bem”, aponta ela.
Mas, apesar disso, existe um mínimo necessário para que o corpo consiga descansar. “Três ou quatro horas, abaixo das quais não é possível ter dormido bem, levando em conta as diferentes fases do sono”, revela a especialista.
Para isso, alguns hábitos fazem diferença. Não comer antes de dormir, fazer refeições mais leves à noite, evitar ver televisão quando já estiver na cama já e dormir sempre na mesma hora deixa o organismo mais disciplinado.
E, se possível, fazer a chamada “sesta”, que é aquele cochilo rápido de tarde. Pode ser bom para que não tem transtornos do sono como insônia ou dificuldade de dormir de noite, “Um cochilo de cerca de dez minutos pode melhorar o humor e a performance cognitiva”, aconselha ela no livro “Causas, papel e influência dos estados de humor”.
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