
Em 1975 se deu finalmente o final oficial da chamada corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, que surgiu durante a Guerra Fria, centrada na exploração do espaço. Naqueles momentos os dois países se deram conta de algo óbvio: o esforço conjunto entre as duas nações poderia ser muito mais produtivo. Assim surgiu a primeira missão em conjunto: Apolo-Soyuz. Este esforço entre os dois inimigos expandiu-se e agregou outros países, o que culminou no lançamento, em 1988, da Estação Espacial Internacional (EEI), hoje considerado um dos grandes êxitos da ciência.
Confira dados curiosos sobre a EEI:
16 – Cooperação Internacional

Na construção Estação Espacial Internacional participaram estes 16 países: Estados Unidos, Rússia, Canadá, Japão, Bélgica, Brasil, Dinamarca, França, Alemanha, Itália, Holanda, Noruega, Espanha, Suécia, Suíça e o Reino Unido.
15 – Velocidade

A velocidade média da Estação Espacial Internacional é de 7,67 quilômetros por segundo ou, para colocar em termos mais comuns, 27600 quilômetros por hora. Sim, mais de 27 mil. Para se ter uma ideia, a Estação Espacial Internacional dá uma volta inteira na órbita terrestre em 90 minutos.
14 – Dimensões

Se a velocidade da EEI é impressionante, fica ainda mais se souber suas dimensões. A estação pesa aproximadamente 450 toneladas e mede 72,8 metros de comprimento, 108 metros de largura e 20 metros de altura.
13 – Componentes

A EEI é formada por várias estruturas externas, painéis solares e numerosos módulos, muitos deles pressurizados – do mesmo modo que um avião Boeing 747 – o que permite aos astronautas a bordo trabalharem ou os habitarem sem necessidade roupas especiais. Muitos destes componentes podem ser colocados e desmontados dependendo das necessidades, o que permite uma grande flexibilidade da estação e trabalho a bordo. Com centenas de componentes, centrais ou menores, a EEI é o maior objeto tripulado do mundo a ser colocado no espaço.
12 – Custo

A EEI é o objeto mais caro já construído pela humanidade. Seu custo foi cerca de 120 milhões de dólares.
11 – Experiências

Os integrantes da tripulação da EEI conduzem diversas investigações científicas em áreas como biologia animal e humana, física, astronomia e meteorologia, entre outras. Para desenvolver as experiências contam com um laboratório localizado em um meio-ambiente espacial e microgravidade.
10 – Marte e a Lua

A EEI é apta a investigar sistemas e equipes espaciais que servirão para as missões para a Lua ou para Marte.
9 – Presença humana

Durante mais de 14 anos, desde a chegada da primeira expedição, em novembro de 2000, a estação tem estado permanentemente ocupada e tripulada. Este é o recorde da presença humana mais duradoura no espaço, quebrando a marca anterior de 9 anos e 357 dias, da estação russa Mir (que esteve em órbita desde 1986 até 2001). A EEI foi visitada por astronautas de 15 países diferentes.
8 – Proprietários

A propriedade e a utilização da EEI são estabelecidas por organizações intergovernamentais, mediante tratados e acordos, mas o programa específico da estação é um projeto conjunto de 5 agências espaciais: Nasa (EUA), Roscosmos (Rússia), Jaxa (Japão), ESA (Europa) e CSA (Canadá). A estação é dividida em duas seções ou segmentos orbitais: o russo (formado pelos componentes construídos na Rússia e operados pela Roscosmos) e o norte-americano (compartilhado por outras quatro agências espaciais).
7 – Política e financiamento

A divisão norte-americana da EEI recebeu apoio do governo de Barack Obama e confirmou seu financiamento até, no mínimo, 2024, com grandes possibilidades de extensão até 2028. Pelo lado russo, porém, a Roscosmos não terá apoio do governo russo depois de 2020. Segundo o chefe da divisão russa da EEI, esta decisão foi provocada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia.
6 – Visibilidade

A EEI é o maior corpo artificial em órbita e pode ser visível da Terra a olho nu como um pequeno ponto branco que se move lentamente pelo céu. Para que seja visto, obviamente, depende da posição dos humanos na Terra e da EEI no espaço. A hora em que a EEI fica mais visível é pouco antes de amanhecer ou logo depois do pôr-do-sol, já que nestes momentos a estação brilha iluminada pelo sol, mas o céu está mais escuro.
5 – Fotografia dos astros

Utilizando uma câmera fotográfica em um telescópio é possível fotografar a EEI, um hobby muito popular entre os astrônomos. Da mesma forma, a tripulação da estação consegue fotografar a Terra e as estrelas. O astrofotógrafo francês Thierry Legault viajou a Omã para fotografar o sol, a lua e a EEI alinhados.
4 – Perigos

Na baixa órbita terrestre em que viaja a EEI, representa um grande perigo para a estação o chamado lixo espacial, formado por todos os tipos de objetos artificiais que orbitam a Terra, como restos de satélites, de foguetes velhos e explosões.
Os objetos maiores poderiam destruir a EEI, mas não são tão perigosos porque sua trajetória pode ser prevista e os choques evitados. Outros muito pequenos não são detectados pelos radares e podem causar danos na estrutura da estação ou nos trajes dos astronautas.
3 – Comodidades

Cada integrante da população possui seu próprio espaço para dormir, onde cabe apenas uma pessoa. Dentro dele é possível escutar música e usar um notebook. Há uma lâmpada, uma estante e um pequeno escritório. Os visitantes da EEI levam sacos de dormir e encostam em uma parede comum. É possível dormir flutuando livremente pela estação, mas isso geralmente é evitado porque a pessoa pode se chocar com alguma parte sensível da equipe a bordo.
2 – Alimentos

Quase toda a comida a bordo da EEI é formada por alimentos em embalagens de plástico fechadas a vácuo, não muito apetitosos, e que, combinados com a redução de sabor provocada pela microgravidade, podem ser realmente desagradáveis.
A tripulação espera ansiosa pela chegada de visitantes da Terra com frutas e vegetais frescos. Porém é fundamental evitar que caiam migalhas ou restos de comida, já que podem flutuar pelo interior da EEI e danificar os equipamentos.
1 – Higiene

Há somente dois banheiros na estação, desenhados pelos russos. Para usá-los, os astronautas devem segurar em um cinto de segurança. Para a eliminação dos dejetos, é usado um sistema de sucção. Na estação não há duchas. Os tripulantes tomam banho usando uma mangueira mecânica, toalhas úmidas e sabonete.