Você já enxergou um rosto em objetos aleatórios, como tomadas, lixos na rua ou na traseira de um carro? Bastam dois símbolos que pareçam olhos e uma abertura representando a boca para vermos rostos de diversas expressões no dia a dia.
Essa mania é mais comum do que parece. Mas o que será que causa essa associação?
Rostos em objetos
Em nosso cérebro, remetemos novas imagens a lembranças que já estão na memória. A psicóloga Fabiane Curvo, que atende no Rio de Janeiro, explica que nossa imaginação dá outros significados ao que vemos, mas que nunca são coisas novas.

Assim, a partir do momento que compreendemos o formato anatômico de um rosto, associamos a ele imagens semelhantes, a partir de uma conexão das memórias.
É por isso que os bebês reconhecem desenhos simples como o rosto humano, como exemplifica a especialista. É um costume simples, mas famoso na ciência – conhecido por pareidolia.
Pareidolia: o que é?

A ciência chama esse fenômeno de pareidolia. “Basta um estímulo vago e natural para que a pessoa o associe a determinado rosto ou outro objeto”, conta Fabiane. Pode ser também um fenômeno auditivo, embora o visual seja mais comum.
Ver rostos em objetos parece algo inofensivo, mas pode afetar a vida social das pessoas. Segundo a psicóloga, “Se o sujeito passa a viver em função disso, como se fosse um jogo de adivinhação, é preocupante”.

Existem relatos de indivíduos que desenvolveram paranoia a partir da pareidolia. Elas confundem os objetos com mensagens subliminares ou até com aspectos religiosos.
Porém, Fabiane frisa que o fenômeno não tem a ver com mensagens intencionais. “Ele não busca nos levar a fazer nada. É simplesmente um reconhecimento de formas e imagens”, conclui.
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