
A prática do montanhismo começou nos Alpes há cerca de 300 anos. Desde então, muitos homens tentaram infatigavelmente levar seus pulmões ao extremo com o objetivo de olhar em todas as direções pelo alto.
Incrível é perceber como essa obsessão humana é rodeada de acontecimentos usualmente ignorados pelos livros de História.
Conheça 5 exemplos históricos em que homens foram obcecados por alcançar o topo:
5 – O Diabo foi o primeiro a chegar no topo de Aconcágua

Se estivessem próximos, o Everest olharia com afeto fraternal ao Aconcágua. Com seus quase 7.000m, o pico argentino seria o mais alto do planeta, não fosse a terra de gigantes do conjunto do Himalaia. Um alpinista da Suíça, Matthias Zurbriggen, foi o primeiro a atingir o topo da montanha, em 1897. Ele recebeu o apelido de O Diabo, porque gostava de sair para escalar sozinho e nas piores condições climáticas possíveis, algo suspeitosamente demoníaco em seu tempo.
4 – Uma obra do colonialismo alemão

O vulcão de Kilimanjaro tem 5.895m de altura e é o ponto mais alto do continente africano. Fala-se muito do colonialismo britânico, espanhol, português, francês, holandês, mas pouco se menciona o colonialismo alemão. No entanto, os alemães já tiveram uma nação chamada de sua, a Tanzânia, local que fica o Kilimanjaro. O geólogo alemão Hans Meyer é tido como o primeiro homem – ou, pelo menos, o primeiro europeu – a chegar ao ponto mais alto do vulcão, em 1889.
3 – Acordo entre França e Itália

O ponto mais alto da Europa Ocidental é o Monte Blanco, que fica nos Alpes, na fronteira entre França e Itália. Os poucos que chegaram até lá provavelmente não sabem que a administração desse pico foi regulada por um tratado do século XIX entre os dois países. O primeiro a respirar no ponto mais alto do Monte foi o alpinista saboiano Michel Paccard, em 1786. A um passo abaixo estava seu guia Jacques Balmat.
2 – O pico espanhol mais alto fica longe da Espanha continental

Se alguém de Madri deseja visitar o pico mais alto da Espanha, vai ter que viajar mais de dois mil quilômetros para chegar ao vulcão Teide, na ilha canária de Tenerife. Não se sabe quem foi o primeiro a escalar seus 3.118m, mas supõe-se que um membro de uma expedição britânica do século XIX tenha chegado lá, no farol natural mais importante do Oceano Atlântico.
1 – O charmoso Citlaltépetl

Situado entre os estados Puebla e Veracruz, no México, o monte tem aproximadamente 5.610m. Provavelmente o primeiro a chegar ao topo foi um asteca de resistência inigualável, mas quem recebeu o crédito dessa façanha foi o francês Alejandro Doignon, em 1848. E quanto aos picos de Everest e McKinley? Bom, fica para uma próxima oportunidade.