As 5 maiores extinções que o planeta já viu

Mais de 99% das espécies animais que já viveram na Terra estão extintas, e às vezes algum evento acontece que provoca uma mudança tão drástica que a maioria das espécies é varrida da face da Terra em um curto período de tempo. Veja a lista das 5 extinções mais drásticas que já aconteceram.

Extinção do Ordoviciano-Siluriano 

Quando: 440 milhões de anos atrás

Nessa época, os seres vivos nadavam ou rastejavam em mares rasos. Conforme as rochas vulcânicas recém-criadas presentes na superfície eram desgastadas pela água e pelo vento, elas reagiam com o dióxido de carbono presente na atmosfera e o absorvia. Como resultado, os níveis do dióxido diminuíram, a temperatura caiu, e as espécies ficaram presas no oceano congelado. O congelamento fez com que os níveis dos oceanos diminuíssem e alguns secaram, e após diversos ciclos de crescimento e encolhimento de geleiras, aproximadamente 86% das espécies foram extintas para sempre.

Depois de milhões de anos, o oceano lentamente se repopulou com peixes e a terra foi colonizada por pequenas plantas. Essas plantas então começaram a servir de alimento para os primeiros insetos que voavam ou rastejavam. 

Extinção do Devoniano Superior

Quando: 374 – 365 milhões de anos atrás

Essas plantas contribuíram para mais uma extinção em massa. Elas absorveram dióxido de carbono o suficiente para criar uma nova era de resfriamento global. Elas mudaram o solo, fazendo os nutrientes da terra irem para o oceano, aumentando drasticamente o crescimento de algas, que sugavam o oxigênio da atmosfera. Com isso, metade das espécies do oceano morreram sufocadas. Apesar disso, uma espécie de peixe, com pés achatados e pulmões conseguiu escapar da extinção.

Nos 100 milhões de anos seguintes, essas criaturas evoluíram para anfíbios, répteis e todos os animais terrestres modernos. 

Extinção do Permiano-Triássico

Quando: 250 milhões de anos atrás  

Essa talvez seja a pior extinção de todos os tempos: 70% da vida terrestre e 95% da vida marinha desapareceram. Milhares de milhões de toneladas de gases vulcânicos destruíram a camada de ozônio e a temperatura média do oceano atingiu 40 °C (mais quente do que uma jacuzzi). Chuva ácida atingiu toda a superfície do planeta, devastando as espécies terrestres.

A Terra teria então “apenas” 50 milhões de anos para se recuperar para a próxima extinção em massa. 

Extinção do Triássico-Jurássico

Quando: 200 milhões de anos atrás

Naquela época, pequenos dinossauros habitavam o planeta. Uma fenda gigantesca, causada por um vulcão, se abriu no meio do planeta, separando o que eventualmente seria a Europa e a África da América, e formando o Oceano Atlântico. O vulcão expelia dióxido de carbono, que aumentou a temperatura da Terra e matou aproximadamente 80% das espécies que viviam no oceano na época. 

Extinção do Cretáceo-Paleogeno

Quando: 65 milhões de anos atrás

Apesar disso, nesse mundo recém esvaziado, os dinossauros se adaptaram muito bem e durante os 135 milhões de anos seguintes cresceram para se tornar as maiores espécies terrestres que a Terra já viu.

Mas todas as coisas boas têm um fim. Muitos cientistas acreditam que a extinção dos dinossauros foi causada por um asteróide do tamanho de uma pequena cidade, (aproximadamente 10 quilômetros de diâmetro) que bateu no que agora é a Península de Iucatã, no México. O impacto lançou milhões de toneladas de poeira na atmosfera, bloqueando a luz do Sol e dando fim aos grandes dinossauros. Os pequenos que sobreviveram evoluíram para aves. 

Dias atuais 

O mundo estava preparado para uma pequena espécie de rato rastejante, que viria a ser o maior ancestral de todos os mamíferos modernos. Ao longo de 50 milhões de anos, ele evoluiu de um animal selvagem para baleias, cavalos e nós, humanos, que crescemos e evoluímos tanto a ponto de dominarmos todos os tipos de habitats disponíveis na Terra. Então, depois de 65 milhões de anos desde a última extinção, o que acontece?

A dominação humana na Terra também trouxe mudanças, só que essas mudanças acontecem em um ritmo muito mais rápido, levando décadas e não mais milênios. Os níveis de dióxido de carbono, que contribuíram para grande parte das extinções passadas, aumentaram 25% só nos últimos 50 anos, período extremamente curto em termos geológicos. Em adição à mudança climática, nós exterminamos centenas de espécies com a caça, pesca, destruição do habitat e poluição. É estimado que a taxa atual de extinção esteja entre 100 e 1000 vezes maior do que o normal, e que se todas as expécies ameaçadas realmente sumam da Terra, a probabilidade de acontecer mais uma extinção em massa nas próximas centenas de anos é muito alta. 

É importante lembrar que todas as grandes extinções tiveram alguns sobreviventes. As criaturas no topo da cadeia alimentar normalmente são as mais afetadas, então talvez estejamos dando a chance da história se repetir, e de algum pequeno organismo nos substituir como espécie de vida dominante no planeta.