Soluções para a mulher

A infertilidade feminina está diretamente ligada à idade. Portanto, quanto mais tempo se passa, menor a possibilidade de se ter uma gravidez bem sucedida. “As chances de uma mulher engravidar até os 25 anos são de 20% ao mês. Quando chega aos 35, ela já perdeu metade dessa fertilidade. Já o homem reproduz em qualquer idade”, afirma Dr. Raul Nakano, especialista em reprodução humana pelas universidades japonesas de Keio e Kanazawa, e médico da Ferticlin.

Em meio a tantas outras prioridades, acabamos adiando o momento de ser mãe. As dificuldades, porém, não tardam a surgir. Mas seja a escassez de óvulos, óvulos envelhecidos ou imperfeitos, falta de útero ou rejeição do feto após a fecundação, tudo parece ter solução.

– Útero de aluguel: Mulheres que tiveram que retirar o útero e não têm mais a possibilidade de levar adiante uma gestação podem recorrer à técnica popularmente conhecida como barriga de aluguel. “Esta técnica só é recomendada se for utilizada a barriga de um parente próximo, como mãe ou irmã da paciente. Esta medida evita desentendimentos no futuro. Assim, mulheres que não têm útero – como as que passaram por histerectomias – já podem ter filhos com seus próprios óvulos, e fecundados pelo espermatozóide do marido”, cita Dr. Nilo Frantz.

– Doação de óvulo: Esta prática, apesar de ainda ser pouco freqüente devido ao baixo número de doadoras, é uma alternativa para mulheres que tiveram câncer nos ovários, possuem poucos óvulos ou passaram por menopausas precoces. Mesmo sem óvulos, elas têm a possibilidade de gerar, conceber e amamentar um filho com a carga genética do marido. Dr. Nilo Frantz explica: “Diferentemente dos bancos de sêmen, que existem há bastante tempo, os de óvulos são pouco conhecidos. Além disso, as mulheres têm um pouco de receio em receber óvulos doados, enquanto os homens lidam melhor com a idéia de um doador. A doadora é anônima, impedindo problemas futuros”.