Vanessa de Holanda

“O Tantra nasceu há mais de 5 mil anos, na Índia antiga, numa civilização primitiva, não guerreira. Estudos históricos comprovam que toda civilização primitiva, não guerreira tendia ao matriarcalismo. Nessa sg1ociedade, a mulher ocupava um papel de destaque. No Tantra a mulher é reverenciada, ela é a energia, é a shaktí. É preciso conhecer um pouco desta história, para que o contexto tântrico seja vivenciado. Então, partindo desse contexto podemos falar sobre um dos aspectos do Tantra, a relação sexual. O desejo aumenta muito, uma definição muito bonita baseada no livro “HiperOrgasmo”, do Mestre DeRose é que o Tantra é a arte de conhecer a si mesmo através do outro. O prazer se amplia pela vida, se canaliza para a criatividade e produtividade do individuo. Isso é o hiperorgasmo, esse estado de hiperestesia sensorial.” Esse ritual caracteriza-se pelo encontro de energias espiritual e sexual dos parceiros. A Kundalini (princípio energético feminino representado por uma cobra que fica enrolada na base da espinha) deve se encontrar com a energia masculina, que se encontra no alto da cabeça. Para isso, tem que passar pelos chacras, pontos de canalização de energia, que devem ser abertos por meio da meditação.

Vanessa de Holanda é diretora da Universidade de Yôga