O alcoolismo é uma doença muito preocupante, com conseqüências físicas, psíquicas e sociais. Ele provoca alterações na pele desde as fases mais precoces do consumo exagerado de bebidas alcoólicas. As conseqüências são especialmente mais graves na mulher, que tem o organismo muito mais vulnerável. Apesar de haver cerca de quatro homens dependentes de álcool para cada mulher alcoolista, como se convencionou chamar, o organismo feminino é bem mais frágil. Basta metade do consumo masculino para que atinjam o mesmo nível sangüíneo de álcool. As mulheres estão bebendo cada vez mais e isso é visível em qualquer restaurante, balada, festa ou happy hour.
É lamentável ver moças tomando cerveja na praia logo de manhã, pois a barriguinha estufa na hora e a celulite já aumenta para o dia seguinte… E o cúmulo é escutá-las discutindo tratamentos de beleza e dieta enquanto se envenenam com as latinhas
Vale discorrer sobre os estragos que as bebidas alcoólicas causam na aparência. Quem sabe começamos a desestimular tal hábito?
As alterações na pele são decorrentes dos danos ao fígado, como a dilatação constante dos vasos, perda da firmeza das paredes vasculares, alterações no metabolismo das glândulas sebáceas e alteração da imunidade.
Há os sinais clássicos do consumo pesado: vasos dilatados que parecem “aranhas” (spider) no abdômen e pescoço, vasinhos arrebentados no rosto, manchas brancas nas unhas, palmas das mãos avermelhadas e quentes, rosto afogueado, nariz que vai “crescendo” graças ao aumento das glândulas e poros, ficando inchado e congestionado. Um horror! É daí que vem a expressão ‘cara de bêbado’, um conjunto de sinais que nos dá essa impressão.
Mas há novos indicadores de alcoolismo, mesmo com consumo não tão abusivo. Pele muito oleosa no centro do rosto, eczemas, descamações na testa, sobrancelhas, couro cabeludo (caspa) e nos cantos do nariz configuram a dermatite seborréica.Também podem aparecer algumas formas de psoríase, com descamações resistentes em joelhos e cotovelos, o eczema numular, com manchas descamativas arredondadas espalhadas pelo corpo e as púrpuras, manchas cor de vinho em braços e pernas.
A acne, com espinhas e cravos, pode surgir ou piorar nas mulheres que já têm tendência, especialmente as jovens que exageram nas cervejas, batidinhas e caipirinhas. O problema se agrava com as calorias ingeridas. A celulite também marca presença, já que está relacionada ao excesso de carboidratos do álcool.
É lamentável ver moças tomando cerveja na praia logo de manhã, pois a barriguinha estufa na hora e a celulite já aumenta para o dia seguinte… E o cúmulo é escutá-las discutindo tratamentos de beleza e dieta enquanto se envenenam com as latinhas.
A rosácea, com espinhas sem ponta e sem cravos que aparecem sobre pele irritada, vermelha e mais madura, também é outro distúrbio que pode ser desencadeado nos primeiro tempos de abuso alcoólico.
Quem já está bem comprometido, em franco alcoolismo, pode apresentar lesões alarmantes na pele, com manchas escuras, ferruginosas, intensa sensibilização ao sol, que se assemelham a queimaduras e a quadros preocupantes, como a pelagra e a porfíria, causadas pelo comprometimento do teor de proteínas no organismo e alterações hepáticas.
Como se não bastasse, o organismo fica com a defesa bem prejudicada, sensível a infecções por fungos e bactérias, tornando-se bem mais freqüentes as micoses dos pés, micose das unhas, de tratamento arrastado e difícil. Até mesmo aquelas manchas brancas de praia, as ptiriase versicolor, surgem com mais facilidade.
Com tudo isso, que tal pedir uma elegante água mineral na próxima vez que sair?