Então, o namoro acabou. Vocês conversaram e chegaram à conclusão de que o término era o melhor. Só que, depois do ponto final, na hora da despedida, rola um abraço apertado, um cheiro no cangote e bate aquela vontade de ir para a cama, ou seja, se entregar à transa de despedida, a derradeira. Dormir ou não dormir com ele pela última vez? Eis a questão.
Romper uma relação e, logo em seguida, ir para a cama com o ex-namorado pode gerar confusão sobre o que cada um entendeu pelo término, como no caso da usurária da rede social do Bolsa de Mulher Bibica. Depois de 8 meses de namoro, o então namorado dela resolveu terminar, alegando que a via apenas como amiga. “Depois de terminar, ele não quis que eu fosse embora. Comemos uma pizza e eu chorava o tempo todo”, lembra. Ela sentiu o namorado carinhoso como se nada tivesse acontecido. “Acabamos transando e foi melhor do que nunca”, diz ela sem entender o significado dessa última vez. “Me digam, o que é isso? Se ainda há amor e desejo, como pode ele achar que virou amizade?”, questiona-se.
Para algumas pessoas, transar pela última vez é uma forma de se despedir de uma relação que teve seus pontos altos – sendo o sexo um deles. O professor Leonardo terminou com a namorada e, em seguida, pediu para dormir na casa dela pela última vez. “Quando propus, ela ficou ressabiada. Então expliquei que assim doeria menos e que nossos corpos iriam se despedir um do outro durante a noite inteira e não simplesmente com dois beijinhos e tchau”, conta. Não adiantou: a ex preferiu o golpe de uma vez só. “Saí de lá arrasado. Mas, pensando bem, mesmo se ela tivesse aceitado, o dia seguinte também teria sido muito ruim”, pondera.
Acabou, acabou
Consultor Elias, usuário da rede social do Bolsa de Mulher, é contra a mulher ceder ao pedido do ex-namorado de ter uma última transa. “Pelo amor de Deus! Última transa é roubada”, diz ele, fazendo comparações com o famoso “vamos dar um tempo para ver o que acontece”. “A última que conheci que caiu nessa de última transa acabou com uma lembrança que chora à noite, usa chupeta e faz xixi, se é que me entende”, diz ele.
Segundo a psicóloga especialista em relacionamento amoroso Mariana Mattos, para pouca coisa há regra. “Se logo após terminar o namoro, o casal quiser ter uma última transa, por que não?”, pergunta a psicóloga, salientando a importância de que os dois estejam confortáveis com a situação. “É preciso se conhecer para então avaliar se a última transa vai ser, de alguma forma, nociva. A pessoa tem que estar disposta e ciente dos riscos e frustrações que pode ter”, afirma.
Mariana Mattos lembrando que, para ninguém ficar mal, os dois têm que ser claros quanto às expectativas de futuro. “É importante que os dois estejam com a mesma cabeça e as mesmas expectativas, de modo que ninguém fique com falsas esperanças. Mais do que esperança, pode haver a vontade de se enganar“, finaliza.