Dicas para medicar cães e gatos

Basta o bichinho de estimação ter que tomar algum medicamento via oral para o show começar. Eles deitam, fazem graça, fogem e até cospem o comprimido, mas com um pouco de paciência e imaginação é possível fazer com que cães e gatos tomem os remédios necessários sem grandes esforços.

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Esconda os comprimidos nos petiscos

Esconder o comprimido no petisco é uma boa ideia. Crédito: Shutterstock

De acordo com a veterinária Karina Mussolino Saqueli, da Pet Center Marginal, uma forma eficaz de ministrar comprimidos para os cães é escondê-los em petiscos que os bichinhos estão acostumados, como pedaços de carne ou banana. “Na hora de oferecer o petisco, é importante que o dono fique atento para ver se realmente o cão ingeriu o que era necessário. Se o cão rejeitar a guloseima, troque por outra, até convencê-lo”, afirma.

Já os gatos não são tão facilmente ludibriados por petiscos quantos os cachorros. “Nesses casos, o melhor é optar por medicações líquidas ou até em forma de pasta, que podem ser colocadas na boca do animal ou até misturadas à ração úmida”, recomenda a especialista.

Se a medicação for líquida, utilize uma seringa sem agulha com o conteúdo diretamente na boca do animal, o mais próximo possível da garganta. Vale lembrar que o bichinho não pode estar deitado, para não haver o risco de asfixia.

Os riscos da automedicação

É importante que os donos saibam o risco da automedicação em animais de estimação. “Os órgãos do sistema digestivo dos pets não têm a capacidade de absorver e sintetizar os medicamentos da mesma maneira que os humanos, como alguns tipos de anti-inflamatórios e analgésicos”, alerta a veterinária.

O analgésico Paracetamol, princípio ativo de diversas marcas de remédios, causa lesão no fígado de cães e pode ser fatal para gatos. Já anti-inflamatórios que têm como base diclofenaco sódico podem trazem complicações gastrointestinais, como úlceras. “Nesses casos, os bichinhos sinalizam o problema ao apresentarem vômitos, diarréia ou fezes escuras, com presença de sangue, além de apatia e dor abdominal”, informa.

A veterinária também recomenda que o dono vá diretamente às farmácias especializadas em animais. “Se o medicamento também for de uso humano, é necessário atenção para a dose correta. Na dúvida, converse antes com o veterinário”, complementa.