Cafajeste, carente, mala… como lidar com cada tipo de amigo do namorado

Todo mundo tem um amigo folgado, que entra na sua casa sem ser convidado e interrompe as mais delicadas situações. Tem também o amigo carente, que liga a toda hora para falar dos problemas pessoais e pedir conselhos. Existe, ainda, o amigo cafajeste, que está cada dia com uma mulher diferente e não quer saber de nada com nada. Certamente, o seu namorado conta com alguns desses tipos na sua roda de amigos. A psicóloga Pamela Magalhães ensina o jeito certo de lidar com cada um deles:

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Amigo mala

O amigo que chega na hora errada (Thinkstock)

Você está em casa com seu parceiro, namorando, e ele aparece de supetão. Entra, é espaçoso e já se sente em casa. E aí, como se livrar do amigo folgado?

“Se é um relacionamento recente, é importante observar a reação do seu namorado. É uma boa oportunidade para ver como ele lida com os amigos e até que ponto impõe limites”, recomenda a especialista.

Se ele não conseguir se livrar do cara, você pode, com muito jogo de cintura, falar algo do tipo: “Que bacana que você veio, mas agora eu quero namorar um pouquinho”. Quando ele sair, converse com seu namorado e diga que não gostou da atitude. “Pergunte se o amigo costuma fazer isso sempre. Se seu namorado reagir de maneira negativa, dizendo para que você não implique com os amigos dele ou algo parecido, já dá para notar o quanto ele dá valor ao namoro e o quanto prioriza os amigos”, diz a psicóloga.

Amigo cafajeste

O amigo que pega todas (Thinkstock)

Deste, normalmente, nenhuma namorada gosta. A orientação de Pamela é conquistar o amigo, conversando com flexibilidade e jeitinho. “Mostre que você quer, sim, que essa amizade exista, mas sem que ele leve seu namorado para um ‘mau caminho’. No vínculo, você tem um bom controle da situação”, dá a dica.

Além disso, converse francamente com o seu namorado. “O combinado não sai caro. Diga que você entende e respeita os amigos dele. Trace, inclusive, um paralelo com os seus próprios amigos, dizendo ‘aquele seu amigo é mulherengo, igual àquela minha amiga, que também não é fraca. Porém, sei que tem alguns lugares aos quais não é legal eu ir com ela, em respeito a você’”, sugere a especialista.

O ideal é que você não tente competir ou controlar as amizades do seu namorado e, claro, que tenha confiança nele e em si mesma.

Amigo carente

O amigo cheio de problemas (Thinkstock)

Ele é do tipo que liga o tempo inteiro, sempre apresentando mil problemas e reclamando da vida. Seu namorado, compreensivo, procura ajudá-lo, mas, às vezes, não sabe como estabelecer o limite necessário para que isso não interfira em sua vida pessoal.

“Se perceber que, de repente, o amigo está extrapolando nesse movimento, aponte isso para o seu namorado e ajude-o a colocar limite. Porém, faça isso sem criticar ou invadir seu espaço. E por que não ajudar o amigo? Faça isso pelo universo dele”, sugere Pamela.

Amigo bom moço

O amigo que deu certo (Thinkstock)

Esse é o amigo que deu certo na vida. Ele é bonito, bem sucedido, inteligente e educado. O cuidado que deve ser tomado aqui é para não ficar babando em cima dele e deixar seu parceiro enciumado ou inseguro.

“Evite fazer comparativos e tome cuidado para não diminuir seu namorado e fazer com que ele se sinta ameaçado. Tudo o que um parceiro quer é se sentir desejado e admirado por sua companheira”, afirma a psicóloga.

Tome cuidado com o modo como coloca as palavras, pois, às vezes, em uma tentativa de encorajar seu namorado a continuar essa amizade, que você julga ser positiva para ele, você pode acabar fazendo comparativos. “Ao invés de dizer ‘que corpo bonito tem o seu amigo, por que você não malha com ele?’, procure exaltar qualidades em comum, como ‘olha que legal, seu amigo está se destacando no trabalho, assim como você. Ele é uma companhia muito bacana’”, aconselha a especialista.

Amigo problema

O amigo autodestrutivo (Thinkstock)

Por fim, tem aquele amigo que você julga ser uma má influência. Segundo Pamela, é importante encorajar os vínculos positivos e conscientizar sobre os que não são tão bacanas, porém sempre respeitando a opinião do companheiro sobre o assunto, entendendo que se trata de sua individualidade.

“Pode se tratar, por exemplo, de um amigo viciado em drogas, autodestrutivo, mas que seu namorado conhece desde a infância. É importante não criticar e nem ser agressiva, mas apenas mostrar que você se preocupa”, orienta a psicóloga, enfatizando que seu namorado não deve sentir que você está dominando a situação, dizendo o que ele deve ou não fazer.

Use o bom senso para não invadir o livre arbítrio do parceiro e coloque sua opinião de forma a ajudar, e não a tentar fazer com que ele pense como você. “Se perceber que seu parceiro é inflexivo, talvez seja o caso de repensar a relação e refletir se é isso mesmo que você deseja para você. Namoro é isso, é conhecer o outro aos poucos”, conclui a especialista.