Fertilização: nova técnica eleva média de embriões saudáveis

Uma boa notícia para as mulheres que fazem  tratamento para engravidar: uma nova técnica de fertilização in vitro (FIV) pode aumentar de 24% para 78% a média de embriões saudáveis transferidos para o útero materno.

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A novidade foi publicada na revista inglesa “Reproductive Medicine Online”, a partir de um estudo realizado por cientistas ingleses, que fotografaram os embriões com câmeras com zoom e alta resolução, para selecionar os de maior qualidade para a implantação.

Como funciona a FIV

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tratamento de fertilização in vitro, também conhecida como bebê de proveta, possivelmente é o mais popular para a fertilidade. A técnica é realizada fora do corpo humano. O óvulo da mulher é coletado pelo médico e fertilizado artificialmente em laboratório com os espermatozóides do pai. Os embriões formados dessa fertilização são acompanhados em uma incubadora, onde fica reservados sob uma temperatura semelhante à de dentro do útero, antes de serem implantados no útero.

Mas, com as técnicas utilizadas atualmente, os médicos só podem fazer o acompanhamento desses embriões fora da incubadora. Esse tempo, mesmo que pequeno, fora da incubadora, pode fazer com que percam a qualidade, já que saem do ambiente adequado. É por isso que, muitas vezes, alguns embriões implantados são inviáveis e, depois da implantação, a gravidez tão esperada não acontece.

Aumento das chances de engravidar

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Com a nova técnica desenvolvida pelos cientistas ingleses, as câmeras são acopladas na própria incubadora, possibilitando que os embriões sejam monitorados o tempo todo sem que precisem ser retirados do seu ambiente ideal. É através desta observação que eles se certificam de que as células estão se dividindo da forma correta e estão aptas a serem implantadas na mulher. Assim, evita-se que a qualidade caia, aumentando o número de embriões saudáveis e, consequentemente, aumentando também as chances de sucesso na gravidez.

A técnica ainda está sendo estuda, mas é possível que em breve comece a ser adotada em outros países, como Estados Unidos, o que irá mostrar se os resultados valem mesmo a pena. Para o Brasil, ainda não há previsão.