Amor de filha também se demonstra no volante

Nossos pais são nossos eternos heróis, e o que não faltam são motivos para admirá-los e nos inspirarmos neles. Seja na escolha da profissão ou em outras atividades do dia a dia, além, é claro, da hora de começar a dirigir, quantas vezes não ouvimos histórias de filhas que tiram carteira de habilitação, e as primeiras voltinhas de carro pelas ruas do bairro são com o paizão do lado?

Mas o que não faltam também são situações em que a filha é o maior orgulho deles, e ela faz qualquer coisa para poder deixá-lo mais feliz. Este é o caso de Helena Bastos, estudante de Marketing, 21 anos, que perdeu o medo do volante e começou a dirigir para ajudar seu pai, Jorge Bastos, em sua carreira profissional.

Jorge trabalha há muitos anos em uma empresa distribuidora de alimentos, e sempre contou com transporte público para o trajeto casa–trabalho. Mas como todo esforço profissional vale a pena, ele recebeu uma promoção e agora teria que fazer também pequenas visitas mensais aos clientes. A questão seria muito simples se os chefes não fizessem uma solicitação: “Jorge, você vai precisar levar nossos produtos aos clientes de carro a partir de agora”.

O que muitos não sabiam é que ele havia passado por um trauma de infância e não tinha coragem de enfrentar o trânsito, muito menos de assumir a direção. Helena, na época, já tinha 18 anos e estava fazendo os cursos e aulas do DETRAN – Departamento Estadual de Trânsito – para tirar sua habilitação.

Ela também sempre teve receio de dirigir em grandes rodovias, mas encarou o sucesso do pai como um desafio para poder superar um medo e ajudá-lo com muita gratidão: já que ainda não estava trabalhando e tinha o horário da manhã livre, logo após ter em mãos sua carteira de motorista, fez curso para perder o medo de dirigir e passou a acompanhar o pai semanalmente nos clientes e, assim, levar em seu carro as mercadorias da distribuidora.

Atualmente Helena trabalha na empresa do pai e auxilia na organização do setor de entrega de produtos. Além de fortalecer ainda mais esta relação de pai e filha, ela garante que existem coisas que só fazemos por amor.

“Perdi o medo de dirigir. Pude ajudar meu pai em seu emprego e deixá-lo muito orgulhoso de mim. Além, é claro, de conquistar a liberdade ao volante. Eu amo poder viajar de carro e trafegar todos os dias pelas ruas da cidade. Para mim foi uma conquista incrível”, conta.

Hoje homenageamos todos os pais e filhas que, assim como Helena, cultivam este amor incondicional à família e o cuidado diário com o trânsito.