Fernanda Machado diz ter sofrido “crise dos 3 meses” com bebê: você também pode ter

Desde a descoberta da gravidez as mulheres ouvem muito sobre as dificuldades iniciais da amamentação. Leite que não desce ou que empedra, fissuras nos mamilos e a dificuldade de acertar a pega são temas bastante comentados. Os obstáculos posteriores, no entanto, pouco são abordados. A atriz Fernanda Machado, que deu à luz Lucca há 6 meses, recentemente contou através de seu perfil no Instagram que uma das fases mais difíceis que enfrentou até agora desde que se tornou mãe foi a  crise dos 3 meses na amamentação. Entenda o que ela é e qual é a saída para o problema.

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Fernanda Machado é mãe

Em uma postagem no Instagram, além de declarar o quanto está sendo feliz enquanto exerce a maternidade, Fernanda Machado também contou que o seu maior problema até agora foi superar a crise dos 3 meses e que outros dilemas, como as dores do parto ou a escolha pela amamentação exclusiva e em livre demanda, não chegaram nem perto da insegurança que a fase causou.

“Aprendi muito até agora, e cada vez mais entendo que na natureza tudo tem seu tempo e que a PRESSA precisa dar lugar a PACIÊNCIA! E assim, sem pressa, quero seguir amamentando o tempo que ele quiser e que a natureza nos permitir! Peitos fartos e filhos fortes para todas nós!”, escreveu a mamãe.

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Crise dos 3 meses na amamentação: o que é

De acordo com o pediatra espanhol especialista em amamentação Carlos González, escritor do livro “My Child Won’t Eat”, quando o bebê chega aos três ou quatro meses é natural que haja uma mudança nos hábitos existentes entre mãe e filho até então. Mas, o que faz a fase tornar-se um problema, no entanto, é a desinformação. Segundo o especialista, todos os fatores são naturais ao processo de desenvolvimento e adaptação do bebê e das glândulas mamárias da mãe.

Diminuição no tempo da mamada

Assim que nasce, o bebê aprende a mamar e, conforme se desenvolve, passa pelo processo de aperfeiçoamento das sucções. Ao chegar aos três ou quatro meses, ele já consegue fazer o movimento com muita facilidade e, em poucos minutos, mama tudo o que precisa para aquele momento. É por isso que a mamada que antes durava entre 15 e 20 minutos passa a acontecer entre 3 e 7. De acordo com o especialista, nesta fase a mãe tende a achar que o  bebê não está mamando o suficiente.

Mas, ele tranquiliza e explica que o processo é completamente natural e faz parte do desenvolvimento da criança, que antes precisava de mais tempo para obter a quantidade de leite necessária e agora consegue, em poucos minutos, o suficiente para se alimentar.

Queda da curva de crescimento

Nesta fase, o crescimento da curva de desenvolvimento do bebê também tende a cair. No entanto, a  dim in uição no ganho d pesotambém é esperada. De acordo com o pediatra, nos primeiros meses de vida é natural que eles ganhem mais peso e que esse crescimento vá diminuindo ao longo dos meses. Afinal, é uma curva e não uma reta contínua e crescente, brinca. E é claro que, pensando no bem do seu filho, a mãe pode achar que este é um indício de que ele não está sendo bem alimentado.

Menos horas de sono

É nesta fase também que o bebê começa a ficar mais tempo acordado. No entanto, embora esteja interagindo mais, ele ainda não consegue ajustar seu relógio biológico para dormir por muitas horas seguidas. Por isso, as vezes em que ele acorda durante à noite aumentam proporcionalmente ao tempo em que está mais acordados. Ao analisar todos os quadros, a mãe pode vir a pensar que o bebê esta acordando mais vezes porque tem ficado com fome. Mas, o pediatra explica que o sono tende a se regular com o tempo para que, então, ele passe a emendar as horas de sono.

Diminuição da quantidade de leite no seio

Somado a esses três fatores, a mãe ainda pode perceber que seus seios ficaram menores e com quantidade de leite inferior ao que existia antes. Como o pediatra explica, nos primeiros meses a mama passa por um processo inflamatório e começa a regular a produção de leite conforme a necessidade daquele bebê aos poucos. Por isso, tendem a ficar bem cheias e vazando leite. Com o passar dos meses, a inflamação some e a produção se adequa à demanda daquele bebê. González tranquiliza dizendo que isso não significa que a mãe não tem leite, mas sim que está produzindo apenas aquilo que seu filho precisa.

Riscos

O pediatra alerta, no entanto, que se mãe não está ciente destes processos, é natural que aceite oferecer complementos e, comoconsequência, além de mamar mais do que deve, o bebê ainda pode confundir e desacostumar com o bico do seio e, com isso, entrar em  desmame precocemente.

Como superar a crise dos 3 meses da amamentação

Como solução, González aposta no acesso à informação. Ela pode ser obtida através de pesquisas na internet, leituras específicas ou ouvindo diversas opiniões. Para ter tranquilidade, vale procurar bancos de leite, enfermeiras especialistas em amamentação e duas, três, quatro ou quantas opiniões médicas forem precisas.

Para o especialista, neste caso, o correto seria pensar que a mãe produz tanto leite a ponto de o bebê se sentir satisfeito em poucos minutos. No entanto, a insegurança e a desinformação causam terrorismo e ela passa a pensar que seu filho está com fome. “O medo do fracasso na amamentação é tão incutido na nossa sociedade que não importa o que aconteça, a mãe sempre pensa ou é convencida a pensar que ela não tem leite suficiente”, escreve.