Todas nós já estivemos solteiras pelo menos uma vez na vida e, por isso, sabemos que não são poucas as enrascadas em que nos metemos quando estamos à procura de alguém – seja para amar ou só para curtir.
Sabemos, claro, que somos perfeitamente capazes de sermos felizes solteiras. E que a vida não depende nem um pouco de outra pessoa para ser mais leve. Ser feliz é uma escolha, afinal! Mas, nem por isso decidimos estar sozinhas sempre e, então, “caímos na pista” – o que às vezes é uma cilada, mas nos gera, no mínimo, boas histórias para contar e um pouco mais de experiência para os próximos relacionamentos amorosos.
Separamos 9 histórias engraçadíssimas que chegaram à Redação do Bolsa de Mulher que só poderiam ter sido vividas por solteiras. E, um detalhe: nós também demos nossos relatos!
Afinal, quem nunca teve um encontro furado, um pretendente meio estranho ou uma situação embaraçosa na hora de conhecer alguém?
Por serem depoimentos bem pessoais, preferimos deixar as personagens em anonimato.
Histórias engraçadas de solteiras
1. Nada é tão ruim que não possa piorar

“Depois de alguns meses ficando com um cara que demonstrava ser muito apaixonado por mim, aceitei namorá-lo. O relacionamento durou só um mês, porque, por algum motivo, comecei a suspeitar que ele pudesse ter outra pessoa. A desconfiança aumentou quando fui à ‘casa dele’ – que eu não conhecia até então e descobri mais tarde se tratar de um endereço falso – e ele, em conchavo com o porteiro do prédio e demonstrando bastante nervosismo, inventou a maior desculpa para não me deixar subir no apartamento.
Depois de alguns dias, decidi procurá-lo no Facebook, mas não pelo nome (como havia feito antes), mas sim pelo apelido. Foi quando encontrei o perfil de casal dele com outra menina, com quem ele também namorava (há mais de um ano). Como se não bastasse a palhaçada, uma semana depois de eu terminar o namoro, ele mandou um carro de som para a porta do meu trabalho como pedido de desculpa!”
2. Passando vergonha na entrada do motel

“Independente que sou, resolvi pegar o carro da família para sair com um cara com quem estava ficando. Peguei-o em casa, saímos para jantar e depois decidimos ir para um motel, do qual eu já sabia que a vaga para o carro era bastante pequena. O carro era muito grande e eu já sabia que ia passar, literalmente, um aperto. Bem, fiquei mais de 10 minutos tentando estacionar o carro, que ficou todo arranhado mesmo assim. Saí como se nada tivesse acontecido e só depois pude calcular o estrago”.
3. “Vô, esta é a minha…”

“Depois de passar a noite com um menino que conheci no Tinder, acordamos no outro dia e fomos caminhando pela rua. Resolvemos pegar um ônibus e, antes mesmo de passar a catraca, ouço um senhor gritar o nome dele: era o avô, que ainda perguntou se o neto tinha dinheiro para a passagem, cheio de cuidados e mimos com aquele cara com quem eu acabara de viver uma noite. Nós dois ficamos morrendo de vergonha, principalmente porque ele ainda teve que me apresentar para avô”.
4. Babá de bêbado

“Há alguns anos, eu costumava sair com um rapaz com certa frequência. Um belo dia, combinamos que eu o buscaria em casa para fazermos algo. Quando cheguei lá, ele estava chegando de um ‘passeio’ com alguns amigos montado na caçamba de uma caminhonete. Até aí tudo bem. Ele entrou no meu carro e notei que ele tinha bebido, mas não tanto a ponto de vomitar a própria alma, algo que aconteceu mais ou menos 10 minutos depois, quanto tive de encostar o carro para que ele abrisse a porta e enfiasse a cara para fora. Cinco, dez, quinze minutos depois, o golfo não cessava – chegou até a respingar dentro do meu carro, que na hora limpei com uma bolsa de pano que adorava e, infelizmente, tive que jogar fora.
Confesso que hoje me sinto bem trouxa ao lembrar que o levei ao pronto-socorro e passei a noite ali, ao lado daquele elemento. Depois de muita glicose na veia, ainda levei o tal moço para a casa dele e o ‘entreguei’ devidamente são. O problema é que ele nunca mostrou o mesmo cuidado comigo, ao contrário, foi bem fanfarrão”.
5. It’s a match!

“Uma amiga saiu com um menino do Tinder, sem eu saber muito bem como ele era. No outro dia, acabei dando match com o mesmo menino, sem querer. Antes de combinar algum encontro com ele, dei detalhes do pretendente para a minha amiga: moreno, alto, com um apartamento na praia… Opa! Ela logo disse o nome dele e completou: ‘Eu estava neste apartamento ontem!’ Preferi não levar a história para frente, apesar de ela ter adorado a noite que passou com ele. Isso porque ele era do tipo caçador, ou seja, só estava preocupado com quantidade e não qualidade”.
6. Por que eu fui atrás desse cara mesmo?

“Fiquei com um cara em uma festa e trocamos telefones. Passaram-se dois meses e resolvi chamá-lo de novo, porque havíamos nos visto em outra balada. Quando entrei em contato novamente, ele disse que estava com uns amigos em uma praça e me chamou para ir até lá.
Quando cheguei ao local, percebi que ele tinha usado alguma droga e estava muito atordoado. Sugeriu que fossemos para minha casa e eu disse que não queria. Pois ele simplesmente foi embora, me deixando com os amigos dele naquela praça, no meio da madrugada. Sem saída, pedi um táxi, fui embora e me pergunto até hoje porque entrei naquela furada e perdi meu tempo”.
7. Enganou bem

Fui passar o Carnaval no Rio de Janeiro, mas não estava tão animada quanto toda a cidade. Enquanto todo mundo parecia estar bêbado, curtindo horas seguidas de bloquinhos, suando, gritando e abraçando pessoas, tudo aquilo me parecia um saco. Foi quando resolvi abandonar a folia e ir para casa. Baixei o Tinder e lá apareceu o homem da minha vida. Tinha tudo para ser. Tinha o tipo físico que me atrai, trabalhava com artes, era culto e ainda cantava, tinha uma voz doce e linda. Era tudo o que eu precisava para aproveitar aqueles dias de feriado e fugir do caos da cidade.
Combinamos um cinema, no sábado de Carnaval. Fui empolgada, acreditando que encontraria o homem mais maravilhoso do mundo. Quando nos encontramos, percebi que fisicamente ele não era bem como aparentava nas fotos, o que já me desmotivou um pouco, confesso. Mas, como sabemos que aparência não é tudo na vida, depositei toda a minha esperança nas mil qualidades do moço. O problema é que todas as qualidades se transformaram em defeitos em poucos minutos.
No cinema, o filme era um documentário cult sobre um músico de quem nunca ouvi falar. A conversa era sobre o ângulo da câmera, a linguagem dos diálogos, a semântica (o que é isso mesmo?) de sei lá o que. Na saída do filme, sentamos e ele teve a brilhante ideia de colocar fones no meu ouvido para que eu ouvisse as músicas que ele havia gravado. Eu, sentada de frente para ele, ouvindo uma gravação dele, fazendo cara de paisagem e ele ali, esperando um elogio. Fingi um sorriso, disse que estava ótimo e emendei dizendo que estava tarde e precisava ir embora. Me despedi, mas ele insistiu e me acompanhou no metrô. Chegando na estação, dei tchau, mas ele quis me acompanhar até em casa. Inventei uma história qualquer e saí de lá praticamente correndo pelos corredores.
Resultado: entrei no primeiro bloquinho que passou pela rua e me tornei a pessoa mais empolgada de todo o Rio de Janeiro, louca para ficar bêbada, suando, gritando e abraçando pessoas – tudo para compensar a tragédia de ter perdido boa parte do meu Carnaval nessa enrascada”.
8.Fugindo do cara (literalmente)

“Fui à festa de uma amiga e bebi muito champanhe. Um amigo do irmão dela que sempre tentava ficar comigo tentou novamente. No fim da festa, ele falou que podíamos dividir um táxi até nossas casas. A casa dele era mais perto da festa, mas no meio do caminho, acabamos nos beijando no táxi e ele sugeriu ficarmos na casa dele.
Quando acordei de madrugada na cama dele, fiquei desesperada. O álcool até foi embora do meu corpo. Ele estava dormindo, então resolvi pegar minhas coisas e sair da casa. Desci a escada de fininho e sai pela porta da sala. Só que, quando cheguei ao portão, estava trancado. Fui voltar para casa e a porta não abria. Ou seja, fiquei entre a porta e o portão! Não tinha o telefone dele.
Por isso, resolvi escalar o muro, me arranhando com um vestido de paetê e o salto alto na mão. Só lá em cima percebi que o muro tinha uns 6 metros. Mas, meu desespero era tanto que eu não pensei duas vezes, me joguei do muro. Caí com os dois pés direto no chão de concreto e eles começaram a doer.
Como era uma rua vazia, fui me arrastando até uma guarita, mas não consegui ajuda. Andei para uma avenida principal, pedi um táxi e fui para o hospital. Tinha fraturado os dois calcanhares”.
9. Me liga, gato

“Eu estava chegando em casa em uma sexta-feira à noite do trabalho. Quase na esquina da minha rua, passou um motoboy, alto, grandão e com a viseira levantada. Olhei e pensei: ‘Nossa, que bonitão!’ Continuei andando e vi que ele fez o contorno na rotatória e voltou com a moto em minha direção, olhando para mim. Fiquei empolgada, fiz a linha sensual e comecei a trocar olhares com ele.
Neste momento, ele embicou a moto na minha frente, me fechando. Coincidentemente, era bem na frente na casa de uma vizinha que tinha se mudado de lá há pouco tempo. Eu logo deduzi que ele era meu novo vizinho e estava querendo se apresentar. Imaginei que seria uma ótima oportunidade de conhecer alguém naquela sexta-feira.
Então, ele disse: ‘Me dá seu telefone’. Nem pensei duas vezes e comecei a falar: ‘7575…’. Ele logo me interrompeu e falou de maneira mais brusca: ‘Me dá seu telefone, eu não quero te matar!’. Aí, claro, eu percebi que era um assalto. Tirei meu celular da bolsa e entreguei para ele. Pior que era meu primeiro smartphone, que eu ainda ia começar a pagar em seis parcelas. Nunca mais vi o celular nem o bonitão”.
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