É comum acreditar que o estresse e a fadiga são resultados de uma era moderna que exige cada vez mais esforço e agilidade, especialmente diante da rapidez tecnológica que promove grande impacto no dia a dia.
Mas a exaustão, ao contrário do que muita gente imagina, é uma condição bastante antiga que apenas mudou de nome, recebeu diferentes tratamentos e teve variadas causas apontadas ao longo dos anos.
A historiadora da Medicina na Universidade de Kent, no Reino Unido, Anna Khatarina Schaffner acredita que “a exaustão sempre esteve entre nós. O que muda na história são as causas e efeitos associados ao cansaço.”
Cansaço excessivo acompanha a humanidade
Durante o período em que o cristianismo foi dominante no Ocidente, o cansaço teve seus motivos ligados a questões religiosas e era considerado até mesmo uma fraqueza espiritual. De acordo com Anna Katharina, a fadiga significava uma “vitória” do corpo contra o espirito, caracterizada como falta de fé e força de vontade
A pesquisadora então conclui que o esgotamento físico e mental sempre fez parte da natureza humana e não pode ser, portanto, considerada apenas uma doença da nossa Era. As diferenças estavam somente nas supostas causas e efeitos provocados pelo cansaço.
Schaffner acredita que, em partes, o cansaço atual pode estar relacionado a maior autonomia, desde que mais e mais empregos nos deram liberdade para gerenciar nossas próprias atividades.
A historiadora, no entanto, não nega que os avanços tecnológicos, internet e redes sociais, típicos dos dias atuais, são capazes que sugar energias e provocar grande cansaço. Ela afirma que as curas para a exaustão dependem muito de cada indivíduo e que o importante é sempre estabelecer limites entre trabalho e lazer, atitude cada vez mais desafiadora.
Como evitar o cansaço
- Descubra a razão para estar sempre cansada; você vai se surpreender
- Como saber se o que você tem é só cansaço ou algo mais sério?
- 14 hábitos que te deixam mais cansada