Afogar as mágoas no álcool pode ser sinal de depressão; entenda estudo

por | out 12, 2016 | Ciência

É verdade que beber uns bons drinques pode ajudar as pessoas com depressão clínica a se sentirem melhor. Pelo menos, em termos bioquímicos, os pesquisadores descobriram que o álcool produz as mesmas alterações neurais e moleculares que os medicamentos, e provaram ser antidepressivos rapidamente eficazes. E é aí que mora o perigo.

Antidepressivo aparentemente eficiente

Devido à alta relação entre transtorno depressivo e alcoolismo, e a hipótese de automedicação amplamente reconhecida, a pesquisa  sugere que os indivíduos deprimidos podem buscar na bebida um meio de tratar sua depressão. E existem dados bioquímicos e comportamentais para apoiar essa hipótese, muito porém o álcool não possa ser considerado um tratamento eficaz para a depressão.

No estudo utilizando um modelo animal, os pesquisadores descobriram que uma única dose de álcool é capaz de bloquear receptores de um tipo de proteína associada ao aprendizado e à memória. Porém, essa mesma associação com uma outra proteína faz com que um neurotransmissor cerebral passe a estimular, em vez de inibir, a atividade dos neurônios.

Além disso, a equipe descobriu que essas alterações bioquímicas resultam em comportamento não-depressivo, com duração de pelo menos 24 horas. O estudo demonstrou que o álcool segue o mesmo caminho bioquímico tão rápido quanto os antidepressivos mais poderosos em animais, enquanto produz efeitos comportamentais semelhantes a estes observados em pessoas.

Dura realidade do álcool