Se você acompanhou a transmissão do eclipse solar total que ocorreu neste 21 de agosto ou viu as fotos do fantástico evento certamente viu o “anel de diamante”. É um momento bastante raro do eclipse, no qual o primeiro brilho do Sol desponta após o período de escuridão total.
O que é o “anel de diamante”?
O termo “anel de diamante” não precisa de tanta explicação: forma-se um fino contorno de luz na coroa da Lua com um arredondamento em um dos lados – um brilho intenso se faz notar, exatamente como o de um diamante. Isso acontece exatamente antes do Sol sumir ou de reaparecer.
Na definição precisa, o “anel de diamante” é o momento imediatamente anterior e posterior ao eclipse total do Sol, e dura em média um segundo ou apenas um pouco mais do que isso.
O que ele revela?
O efeito “anel de diamante” está intimamente relacionado a outro fenômeno que só é visto em um eclipse total do Sol: o “Baily’s Beads”.
Enquanto o anel de diamante é o efeito visual que vemos daqui, o Baily’s Beads é a observação da topografia da Lua, que se torna evidente como uma silhueta quando o Sol a ilumina: evidencia-se as montanhas, crateras, vales e outros relevos lunares.

Importância histórica para a ciência
O efeito “Baily’s Bead” (gotas de Baily, em tradução livre) recebeu este nome para homenagear o cientista Francis Baily que em 1836 forneceu a explicação científica para tal fenômeno – luzes irregulares do Sol sobre a silhueta em topográfica da Lua.
Na época, esse tipo de visualização respondeu muitas perguntas sobre o pouco que sabíamos sobre a Lua e representou um grande avanço nos conhecimentos humanos sobre nosso satélite natural.
Hoje, depois da chegada do homem na Lua e a ampliação dos nossos conhecimentos sobre ela, a Baily’s Bead perdeu um pouco da sua importância, mesmo assim, não deixa de ser espetacular ver daqui a superfície lunar.
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