As auroras polares são espetáculos naturais que ocorrem exclusivamente nos pólos da Terra. Quem assiste a esse evento, vê formarem-se luzes no céu, que se movem em direções aleatórias e podem resistir durante horas. E, embora sejam vistas sempre à noite, as auroras polares são resultado direto da ação do Sol.
É muito comum que as auroras polares sejam conhecidas como aurora boreal ou aurora austral, como são chamadas, respectivamente, nos hemisférios Norte e Sul. Elas só podem ser vistas em regiões extremas do globo terrestre: ao norte, no Canadá, Alasca (EUA), Groenlândia (Dinamarca), Islândia, Noruega, Suécia, Finlândia e Rússia; ao sul, na Nova Zelândia, Argentina e Antártida.
A época do ano que são mais recorrentes é entre setembro e março, em ambos os pólos. Quem quiser – e puder, afinal os pacotes costumam custar uma fortuna – pode contratar serviços de viagem específicos para ver este fenômeno.
Como ocorrem as auroras polares?
O Sol envia partículas elétricas ao espaço ininterruptamente. O tempo inteiro, a coroa estelar irradia fótons e elétrons em altíssima velocidade, aproximadamente 400 km/s, que quando se aproximam da Terra são atraídos pelo campo magnético do planeta – o mesmo ocorre com outros planetas do sistema solar, caso de Vênus, Marte, Júpiter e Saturno.
Essas partículas são atraídas aos pólos terrestres, onde chegam até a atmosfera e se chocam com átomos de oxigênio e nitrogênio, os mais abundantes nesta camada de gases, a ionosfera. A reação destes gases irradiam em diversos comprimentos de onda, produzindo variações cromáticas e de luminosidade – o alcance das ondas pode se estender por até 2 mil quilômetros.
Cores da aurora
A cor da aurora depende da altitude em que o vento solar que carrega as partículas colide com os gases da Terra. Este evento geralmente ocorre entre 100 e 800 quilômetros acima da superfície terrestre.
Quando a colisão se dá bem próxima à superfície, a aurora tem característica avermelhada. Entre 100 e 300 quilômetros – onde é mais comum – as luzes variam em tons brilhantes de amarelo e verde. Acima de 300 quilômetros, assume uma coloração vermelha mais viva. Quase no limite da ionosfera (o limite é mil quilômetros), a aurora apresenta cores entre o azul e o violeta, embora seja difícil para o olho humano enxerga-la de tão longe.
Do ponto de vista químico, a reação que provoca luz é semelhante à da ionização estimulada dentro das lâmpadas fluorescentes – mas, claro, em escala enorme. Do ponto de vista biológico, este fenômeno é bastante importante para a vida na Terra: este campo magnético enfraquece a ação da radiação do Sol que, caso não tivesse obstáculo, seria tão agressiva à saúde humana que poderíamos não existir neste planeta.
Sol e aurora polar
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