Barulho repetitivo costuma te incomodar? Isso pode revelar um traço da sua personalidade

Nada te incomoda mais que pequenos ruídos e barulhinhos que as pessoas fazem? Se o som de alguém mastigando, cortando as unhas, escovando os dentes ou mascando chicletes está associado a reações de extrema movimentação psicológica para você, como raiva, irritação, terror, ódio e, em determinados casos, até pânico, atenção: você sofre de um transtorno conhecido como misofonia.

Mas, apesar de não parecer, esse incômodo também tem um lado positivo: ele revela que você é uma pessoa extremamente criativa. Entenda melhor abaixo.

Ruído mostra traço da personalidade

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Uma pesquisa da Northwestern University, nos Estados Unidos, fez um teste para avaliar como o cérebro de pessoas criativas reage às distrações ao redor. Normalmente, o cérebro tem um sistema automático de “filtragem sensorial” que para de prestar atenção no ambiente ao redor com o objetivo de realizar alguma tarefa que exige foco.

Esse sistema entra em ação quando ouvimos barulhos repetitivos, ou seja, a certa altura o cérebro percebe que o ruído é igual e diminui a atividade cerebral dedicada à essa informação. Porém, entre pessoas mais criativas, o cérebro responde com a mesma intensidade ao som repetitivo todas as vezes.

Segundo os cientistas, isso mostra que as pessoas criativas possuem “vazamentos” no filtro sensorial, o que leva o cérebro a dedicar atenção ao que já deveria dar como desprezível.

Misofonia: o que é isso?

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A palavra vem do grego, e significa aversão ao som. Para os misofônicos, o problema não é o caos sonoro. Há uma hipersensibilidade aos pequenos ruídos cotidianos. Essa desordem neurológica chamada Síndrome de Sensibilidade Seletiva do Som (SSSS ou S4), popularmente conhecida como misofonia, provoca uma ojeriza ou intolerância a alguns barulhinhos.

Essa situação pode causar intensa ansiedade nas pessoas que desenvolvem a misofonia, que acabam tendo um comportamento evasivo ou de isolamento social para evitar os conflitos. A síndrome, normalmente, apresenta seus primeiros sintomas no início da adolescência e tende a piorar com o tempo, incluindo variedades de sons à lista dos intoleráveis, como os ruídos de comer e respirar.

A doença só foi oficialmente reconhecida pela Organização Mundial da Saúde na década de 1990 e ainda não tem um tratamento eficaz. Os pacientes acabam recebendo dezenas de diagnósticos médicos que variam de obsessivos compulsivos, bipolares a maníacos, com distúrbios de ansiedade, dentre outros.

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