Captada explosão de estrela 50 vezes maior que o Sol: potência só é menor que Big Bang

No ciclo de vida de uma estrela, quando ela chega a seu estágio final, ela pode explodir. No caso de estrelas maciças gigantes, sua explosão proporciona uma liberação de energia de proporções inigualáveis no universo – este evento é chamado de explosão de raios gama.

É um fenômeno tão potente que há apenas um cuja dispersão de energia foi maior: o Big Bang.

A mais recente explosão do tipo foi, por um golpe de sorte, captada por um grupo de cientistas, que puderam o evento com riqueza de detalhes. 

Explosão de raios gama: o que é?

“Explosões de raios gama são eventos catastróficos, relacionados à explosão de estrelas maciças 50 vezes maior que o Sol. Se você classificar todas as explosões do universo com base em seu poder, as explosões de raios gama estão logo atrás do Big Bang “, disse Eleonora Troja, pesquisadora da Universidade de Maryland que liderou o projeto, em comunicado.

Os resultados da descoberta foram publicados na revista científica Nature.

Além de marcar o fim da vida da estrela, a explosão de raios gama é, também, o nascimento de um novo buraco-negro – que já nasce enorme.

O que os cientistas descobriram?

Ao captar o momento exato desta explosão, cientistas envolvidos neste trabalho puderam afirmar com alto grau de precisão que tanto massa quanto campo magnético são fundamentais para que ocorra.

Do ponto de vista estatístico, a realização da equipe interdisciplinar em conjunto com a Nasa foi uma façanha e tanto: a chance é de 1 para 10.000.

“Essa explosão foi única porque capturamos em um estágio inicial. Isso é difícil de fazer porque requer um tempo de reação muito rápido e há relativamente poucos telescópios com essa capacidade”, explicou Alexander Kutyrev, co-autor do trabalho.

Foi a primeira vez que o telescópio espacial de raios gama da Nasa detectou a explosão desde o começo.

Morte da estrela

Depois, dois telescópios terrestres, um na Rússia e outro na Espanha, acompanharam as movimentações de luz óptica resultantes do processo (abaixo). Ainda sabe-se pouco sobre como ocorre a explosão.

“Em questão de segundos, o processo pode emitir tanta energia como uma estrela do tamanho do nosso Sol na sua vida inteira. Estamos muito interessados ​​em saber como isso é possível”, concluiu Troja.

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