Olhos grandes, nariz fino, rosto redondo, lábios cheios: eis as características físicas de uma pessoa com  carinha de anjo. De acordo com diversas pesquisas científicas, quem tem este perfil costuma ter mais sucesso na carreira, são mais convincentes e provocam mais comoção quando estão em situações de risco e precisam de ajuda. Mas, é ai que escondem o perigo: elas costumam usar desses artifícios para enganar mais e até cometer crimes.

Rostinhos bonitos

Sabe aquela história de que a primeira impressão é a que fica?  As pessoas com carinha de anjo têm grandes vantagens nessa hora. É que suas características “diminuem as impressões sobre sua força física, domínio social e intelectual”, de acordo com pesquisa da Universidade Brandeis, nos Estados Unidos. É como se os rostinhos de anjo desarmassem um bloqueio natural que criamos sempre que conhecemos alguém. 

Para comprovar a teoria, outro estudo da Brandeis analisou a reação de diversas pessoas diante de fotografias de bebês e de adultos homens com carinhas de anjo – ou ‘ babyface’.

Quando as mulheres viam a foto de um homem com carinha de anjo, as reações neurais se comportavam de maneira bem parecida como quando elas olhavam rostos de bebês.

Para os homens, a reação é diferente e está mais ligada a atração. Na maioria das culturas, mulheres com carinha de anjo despertam mais o interesse masculino. . Uma ampla pesquisa da Universidade de Utah identificou as características do padrão de beleza feminino em países como Brasil, Estados Unidos, Rússia e tribos indígenas da América do Sul.

Nesses locais, apesar de as culturas serem distintas, o que prevalece para os homens é o gosto por “mulheres com proporções neotênicas faciais: uma combinação de olhos grandes, nariz pequeno e lábios carnudos”. A tal da carinha de anjo.

Eles são mais perigosos

Nos anos 1930, o assassino e ladrão de bancos George Nelson – um típico babyface – foi um dos criminosos mais procurados dos Estados Unidos. Para tentar capturá-lo, foi feita uma busca em um hotel no estado de Wisconsin, nos Estados Unidos.

Quando os agentes chegaram ao local, se depararam com um trio de homens que pareciam do bando de Nelson. Então, os policiais acabaram atirando. O que eles não sabiam é que aqueles caras durões eram infiltrados do FBI, que acabaram baleados na operação. Assim, os demais gângsters conseguiram fugir tranquilamente.

Afinal, quem suspeitaria que um cara de traços finos, rosto redondo e nariz pequeno, que estava naquele hotel, seria o temido gângster? 

Um estudo de 1998, também da Universidade Brandeis, aponta que, talvez, seu temperamento violento e sua dureza ao comandar atividades ligadas ao contrabando tenham a ver com sua carinha de anjo, já que “uma vez que os ‘babyface’ estejam inseridos num grupo de delinquentes, tendem a acumular mais cobranças criminais”.

Os psicólogos sociais da Brandeis realizaram uma série de pesquisas com adolescentes e adultos ‘babyface’ e concluíram que eles costumam “demonstrar características que divergem do que se acha deles”. Ou seja, se aproveitam das características físicas para tirar a atenção de seus temperamentos duvidosos. 

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